Neste sábado, o MAM recebe a performance inédita “Um retrato com o artista e o vazio”, do russo Fyodor Pavlov-Andreevich. Ele vai posar como modelo vivo, totalmente nu, por cinco horas seguidas para quem quiser desenhá-lo.
A performance – parte da mostra “Educação como matéria-prima”, que discute os processos didáticos na arte – tem como proposta inicial repensar o papel de modelos vivos no ambiente das escolas de arte e a distância estabelecida entre o desenhista e o modelo. “Os visitantes também são convidados a se juntar a mim como modelos vivos. Dessa forma, posso posar sozinho em alguns momentos e em outros posso formar um casal com voluntários aleatórios que queiram participar”, explica Fyodor, que já realizou uma série de performances no país, incluindo o Rio de Janeiro, onde tem residência.
A cada 15 minutos, um alerta será emitido para que o artista mude de posição e os participantes troquem de cadeira, em sentido anti-horário, para começar um novo esboço. Os educadores do museu estimularão os visitantes a desenhar, oferecendo materiais como pranchetas, papéis A4 e lápis carvão. No final da sessão, os desenhos passam a fazer parte da mostra, em cartaz até 5 de junho. Para participar, é preciso ter mais de 18 anos ou o consentimento dos responsáveis.