Surgiram novas evidências de que o quadro mais caro já vendido em leilão – o famoso “Salvator Mundi” de Leonardo Da Vinci, arrematado em 2017 por US$ 450 milhões (R$ 2,46 bilhões), aí não incluídos os US$ 50 milhões (R$ 273,2 milhões) de comissão embolsados pela Christie’s, que organizou a venda no martelo – pode ser, acredite se quiser, um “fake”. A suspeita começou a tomar forma logo depois da concretização do negócio multimilionário, com alguns especialistas atribuindo a autoria da obra a algum discípulo de Da Vinci e não ao próprio mestre italiano, o que certamente teria impacto em seu valor.
E por último foi o art connoisseur francês Jacques Franck que resolveu colocar ainda mais lenha nessa fogueira artsy. É que num artigo que escreveu para a edição britânica da revista “ArtWatch UK”, uma das mais respeitadas no meio artístico, ele sugere que a forma de retratação dos dedos indicador e do meio do Cristo supostamente pintado por Da Vinci resulta em uma anatomia estranha, uma vez que fechados eles não caberiam direito na palma da mão, resultando em um erro básico que o Da Vinci verdadeiro jamais deixaria passar.
“Ninguém era tão sofisticado anatomicamente quanto Leonardo. O problema com a mão do Cristo, que certamente não foi criada por Leonardo, é apenas um dos vários grandes erros dessa pintura”, Franck escreveu em em seu ensaio. “E quando você descobre um erro dessa dimensão numa pintura, tende a descobrir que na verdade todo o resto esta completamente errado”, completou o especialista. Resta saber o que pensa o príncipe herdeiro da Arábia Saudita Mohammed bin Salman sobre essa teoria, já que foi o “royal” quem desembolsou os US$ 500 milhões (R$ 2,73 bilhões) pelo quadro. (Por Anderson Antunes)