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Catedral de Notre Dame // Reprodução

A França vai lançar uma concorrência com escritórios de arquitetura do mundo todo para redesenhar a linha do teto da Catedral de Notre Dame, depois do incêndio dessa segunda-feira ter destruído as vigas de madeira e uma de suas torres.

O premiê Édouard Philippe afirma que assim daria ao monumento de 850 anos “uma estrutura adequada usando técnicas modernas”. Segundo ele, ainda não foi feita nenhuma estimativa de custo da reconstrução da catedral, para a qual bilionários franceses, multinacionais e cidadãos doaram até agora mais de 1 bilhão de euros.

Na noite dessa terça, o presidente Emmanuel Macron prometeu que Notre Dame seria reconstruída, “mais bela que antes”, no prazo de cinco anos, prazo que muitos especialistas consideram impossível. Enquanto isso, o reitor da catedral, o bispo Patrick Chauvet, afirmou que acredita que o monumento permaneça fechado ao público por, no mínimo, cinco anos, enfraquecendo bastante o turismo no local.

Um porta-voz do serviço de bombeiros disse que não há perigo imediato de que a estrutura, que perdeu dois terços de seu teto no incêndio, desmorone. Mas ainda não foi considerada segura o suficiente para os investigadores entrarem e começarem investigar as causas do incêndio.

Outro oficial da brigada de incêndio afirmou que as icônicas torres gêmeas da catedral teriam entrado em colapso se os 400 bombeiros demorassem mais tempo para apagar o fogo, em uma operação considerada “extremamente difícil”.

A catedral de Notre Dame foi construída em um período de quase 200 anos, começando em meados do século XII, mas a torre de 93 metros de chumbo que desabou foi adicionada somente em meados do século XIX, durante um grande projeto de restauração concluído pelo arquiteto Eugène Viollet-le-Duc.

“A concorrência internacional nos permitirá decidir se devemos recriar a torre como foi concebida por Viollet-le-Duc”, disse o premiê em uma entrevista coletiva, “ou, como acontece na evolução do patrimônio, se devemos dar a Notre Dame uma nova torre. Este é um enorme desafio, uma responsabilidade histórica.”

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