Morta em agosto do ano passado depois de uma longa batalha contra um câncer, Aretha Franklin mantinha quase US$ 1 milhão (R$ 4,08 milhões) em cheques não embolsados no apartamento onde morava no condomínio de luxo Riverfront Towers, que fica em Detroit, no estado americano do Michigan. Pelo menos dois desses cheques, que somavam mais de US$ 700 mil (R$ 2,86 milhões), eram referentes a pagamentos em royalties recebidos pela cantora. Já os restantes foram assinados pela empresa dela, a Springtime Publishing, pelas gravadores EMI, BMI e Carlin Music e pela produtora de filmes Feel Good Films.
Franklin, que odiava tarefas básicas como ir ao banco, já tinha deixado de embolsar outros cheques no passado: em 2016, ela precisou solicitar a reemissão de vários datados de 2010 a 2014 cuja validade havia expirado. Já os novos foram encontrados na casa dela por um de seus filhos, lembrando que o inventário da cantora ainda está em processo na justiça americana. A rainha do soul, que teve quatro filhos, deixou uma fortuna estimada em US$ 80 milhões (R$ 326,4 milhões) porém não especificou nos três testamentos que deixou como o dinheiro deveria ser dividido entre seus herdeiros. (Por Anderson Antunes)