Atriz, roteirista, mãe, símbolo sexual e… Eterna romântica! Bruna Lombardi realmente tem muito o que celebrar no dia de seu aniversário de 62 anos, nessa sexta-feira. Em conversa ao Glamurama, ela traçou uma retrospectiva de sua carreira, falou sobre a influência de seus pais em sua vida, a parceria com seu filho e com Carlos Alberto Ricelli e sobre sua vontade de mudar o mundo: “A verdade é que eu continuo sendo aquela garota que sonhava em mudar o mundo (risos)”. Confira!
Como você vai comemorar o seu aniversário?
A gente resolveu fazer na minha página do Facebook uma ação coletiva com os fãs para propor que todos façam alguma coisa boa para alguém hoje, e pintaram mil propostas legais. Estou visitando crianças com câncer que estão internadas no fundo de solidariedade do Amigo H, do Hospital Einstein, em São Paulo, do qual sou madrinha. A gente faz campanha de adoção e proteção de animais de rua, campanha para plantar árvores, economizar água… Fiz até um vídeo que virou viral e tantas outras coisas. Me dou ao luxo de fazer o que gosto, ficar na natureza, trabalhar com o Kim e o Ri [Ricelli] e agradecer ao universo!
Fazendo uma retrospectiva, poderia listar os seus trabalhos mais marcantes?
Gosto muito de séries que tive a sorte de fazer várias que amo e tenho o maior orgulho. Uma delas virou ícone, a clássica “Grande Sertão Veredas”, da obra prima de Guimarães Rosa. Foi um trabalho transformador, que me fez escrever um dos meus livros, “O Diário do Grande Sertão”, que relata toda essa trajetória tão única da minha vivência no sertão. Fora meus livros todos, poesia e romance, tem nossa produção de cinema. “O Signo da Cidade” foi muito premiado e me fez viajar pelo mundo afora, conversando com plateias maravilhosas, que nos deram um retorno fabuloso. Teve outro filme que fizemos, também premiado, a comédia “Onde está a Felicidade?”, que foi rodada na Espanha. Fizemos o Caminho de Santiago de Compostela e foi uma das melhores experiências da minha vida. Um filme “on the Road” com uma equipe gigante numa aventura muito divertida e insólita.
Qual foi a influência de seu pai em sua carreira [Bruna é filha do cineasta italiano Ugo Lombardi com a atriz austríaca Yvonne Sandner]?
Imensa. Tive a sorte de ter uma família com valores maravilhosos, onde se discutia arte, cultura, filosofia, onde o pensamento humanitário sempre foi pauta cotidiana. E o cinema presente no dia a dia. Cresci no meio de latas de filmes, artistas, intelectuais, gente muito interessante e interessada em pensar o mundo. Minha mãe me trouxe a emoção e a magia. Meu pai, a razão, a lógica e a busca cultural. A curiosidade e o entusiasmo sempre me moveram. E vim com a paixão pelo cinema no DNA.
E a influência do Ricelli?
O Ri e eu sempre tivemos o diálogo em comum, os mesmos interesses por tudo, o mesmo olhar e a mesma percepção sobre todas as coisas que a gente gosta. E foi uma atração absoluta, tesão total. Muita sorte também e muita construção. Aliás, literalmente, a gente vive construindo, criando, inventando e amando. E essa mesma paixão, curiosidade e entusiamo nos move.
Como é trabalhar em família, ao lado de Ricelli e do Kim?
Sou daquelas que se pergunta o que fiz para merecer tanto amor e sou profundamente agradecida, porque acho que o maior presente é poder trabalhar no que se gosta e com quem se ama. A gente divide e mistura o trabalho em tudo o que faz, arte e vida, criação e diversão, compromisso, responsabilidades. É a loucura de buscar a excelência e fazer um trabalho generoso que toque as pessoas.
Quais são seus projetos futuros?
Estamos finalizando um filme que adoro pela inovação do gênero, a comédia musical “Amor em Sampa”, com um elenco maravilhoso. São histórias de amor e todos cantam. Vai ser lançado em breve e é um trabalho de amor pela cidade e pelas pessoas. Faz parte de um projeto maior, que é um movimento para repensar SP, a maneira como a gente trata e como é tratado nessa cidade e a possibilidade de transformação e mudança de atitude. Criamos nas redes sociais a #redefelicidade para convidar todas as pessoas a participar.
Qual seu sonho ainda não realizado?
Sempre tem a sensação que ainda não fizemos nada, que tem milhões de coisas para fazer. A gente tem muito projeto, trabalho, viagens, desafios. A verdade é que eu continuo sendo aquela garota que sonhava em mudar o mundo (risos). Eu quero, através do que eu sou e do meu trabalho, poder fazer alguma diferença. Eu sinto, pelo extraordinário retorno das pessoas, que estamos conseguindo (Por Denise Meira do Amaral).
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