Antonio Pitanga, que vai ganhar um filme sobre sua vida no Festival do Rio no próximo sábado pelo olhar de sua filha, Camila, falou durante a mostra de cinema sobre a tragédia que envolveu a atriz e Domingos Montagner, no rio São Francisco. “Ela está muito machucada, muito triste porque está começando a aprender os sinais, a entender que teve uma nova chance de vida. E que ele [Domingos] foi parceiro. Mas não posso festejar a vida da Camila por estar viva sem reconhecer a luz do Domingos, uma luz que eu prezo”. Mas ponderou: “A gente sempre fala que há vida após a morte, só que a gente esquece disso, então, quando alguém morre é como se fosse uma tragédia”.
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O documentário “Pitanga”, dirigido por Beto Brant e Camila Pitanga, é uma homenagem ao ator de mais de 60 filmes brasileiros, que se destacou no Cinema Novo. “Ainda não assisti ao filme. Eles guardaram a sete chaves, só me deixaram ver os primeiros cortes. Já dizia Nelson Cavaquinho que, se for para homenagear, homenageie em vida, mas quando alguém vai te homenagear, você treme”. Segundo Pitanga, o filme ganha ao mostrar como o Cinema Novo foi um contraponto a uma colonização cinematográfica europeia e americana ao trazer um cinema brasileiro de negros, pardos e índios. O filme chega ao circuito comercial em fevereiro de 2017.
Première Brasil -“Pitanga”
Quando:Data: 15 de outubro, sábado, às 19h
Onde: Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro