Antonia Morais no cinema: “Estava em um processo muito só”

Antonia Morais || Créditos: Reprodução/ Instagram

O ano de 2015 é mesmo de estreias para Antonia Pires Morais. A moça acaba de lançar seu primeiro EP, “Milagros”, e se prepara para o début no cinema em “Linda de Morrer”, no qual faz papel de filha de sua mãe na vida real, Gloria Pires. Na história, a personagem de Gloria descobre a cura da celulite, é obcecada pelo trabalho e muito vaidosa com ele. Acaba não tendo tempo para a filha, e morre inesperadamente. Depois sua alma tenta recuperar o relacionamento com a menina, que gosta de fotografar gente comum em situações cotidianas, sem glamour. A gente foi bater um papo com Antonia sobre o longa. Está tudo aqui embaixo, vem ler! (por Michelle Licory)

“Voltar à convivência”

“Me identifiquei com o personagem desde que me convidaram para fazer o teste. Eu estava em um processo muito só, trabalhando nas minhas músicas há um ano. Não gostaria que meu lado atriz morresse e estava querendo voltar à convivência com pessoas. Então esse filme veio no tempo certo. Foi intenso, mas ao mesmo tempo leve e agradável. Aprendi muito e fiquei bastante feliz.”

“Beleza na imperfeição”

“Em que mais me identifiquei com o personagem? Ver beleza na imperfeição, nas coisas como elas realmente são, sem maquiagem. Esse padrão de beleza não existe na minha cabeça. O que faz uma pessoa ser bonita, entrar na categoria ‘bonita’? As pessoas são misturas. Pra mim existe um outro tipo de beleza, que está dentro e sai pra fora.”

“Uma coisa meio bipolar”

“Não sei até que ponto influencia no resultado do meu trabalho contracenar com a minha mãe. Claro que me senti mais à vontade. Pra mim, não é a Gloria Pires, é minha mãe. Era mais fácil alcançar certas emoções vendo ela lá, imaginando que aquilo poderia ter acontecido comigo. Isso me ajudou a sobreviver [no set]. Mas acontece que, em algumas vezes, era a Gloria Pires mesmo. Foi uma coisa meio bipolar.”

Com a palavra, Gloria

Claro que a gente também foi perguntar para Gloria sobre essa experiência de contracenar com a filha. “A coisa que mais me tirava o sono até começarem as filmagens era se eu iria virar uma chata, controlando a Antonia. Tipo: ‘Filhinha, faz assim’. Nada disso aconteceu, graças a Deus. Ela se colocou de um forma muito madura, profissional, levando a sério o trabalho. Aí sobrou só a corujice de mãe, vendo as cenas dela e me emocionando. Foi muito positivo.”

Cantora x Atriz

“Uma coisa precisa da outra, na minha opinião. Quando você é artista, uma coisa fala com a outra, ajuda a outra. Ouço música para entrar numa vibe, quando estou atuando. E no palco, sou um personagem. Acabei de lançar meu EP, ‘Milagros’. Pretendo levar as duas carreiras. É uma escolha que eu pretendo não ter que fazer nunca.”

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