Antonia Morais lança primeiro disco cheio de referências cabeça

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Matéria publicada na edição de junho da revista J.P

No ar na novela das 9, Babilônia, Gloria Pires volta a arrancar elogios por seu papel como a sedutora vilã Beatriz… e outro, na vida real, ainda mais nobre: o de mãe da linda e talentosa Antonia Morais. Para quem não sabe, a moça de 22 anos tem causado burburinho (e suspiros) por onde passa. Filha da atriz com o músico Orlando Morais, Antonia herdou, no DNA, o talento para as artes. Recém-lançada na carreira musical, ela conta que, mesmo cercada de artistas – é também irmã de Cléo Pires –, fez questão de produzir seu primeiro disco, “Milagros”, totalmente sozinha. O trabalho mistura a personalidade introspectiva da moça, melancólica até, com sua história de vida. Alfabetizada em Los Angeles com direito a longas temporadas em Paris e Nova York, ela cresceu ouvindo de Cazuza a Bob Dylan, lendo clássicos da literatura e estudando tudo o que lhe interessava, como a cabala. Seu livro preferido é tipo cabeça, “Cartas a um Jovem Poeta”, do escritor tcheco Rainer Maria Rilke, e sua inspiração vem de todos os lados, até da intensa relação de amor entre os franceses Jane Birkin e Serge Gainsbourg nos anos 1970. Embora tenha uma “alma velha”, como ela mesma define, é totalmente conectada. Não à toa, seu som, todo gravado e mixado em seu quarto, tem uma pegada psicodélica, com toques de rock e eletrônico, meio dark. A única hora em que ela se entrega às atividades comuns de uma jovem do Rio de Janeiro, onde nasceu e vive hoje, é quando, esporadicamente, vai ao bar com os amigos. “Mas não costumo ir para a balada. Já passei da fase.” Que fase?

 

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