O escândalo que resultou na queda de Harvey Weinstein por pouco não atingiu a Netflix. É que em uma matéria exclusiva publicada nesta terça-feira em sua coluna “Page Six”, o “New York Post” revela que o produtor procurou executivos da gigante de streaming dias antes de vir à tona as acusações de assédio e abuso sexual feitas contra ele em uma série de reportagens publicadas pelo “The New York Times” e por Ronan Farrow na revista “The New Yorker”.
Segundo o “Post”, Weinstein sabia que gente graúda andava atrás de seus esqueletos no armário e precisava de dinheiro para pagar advogados e até investigadores treinados pelo Mossad, o serviço secreto de Israel, a fim de calar seus opositores de alguma forma – conforme Glamurama já havia contado no mês passado. Nesse caso, a ideia dele era vender para a Netflix parte dos direitos sobre os vários filmes que produziu ao longo dos anos em troca de US$ 25 milhões (R$ 82,2 milhões).
A oferta, no entanto, encontrou resistência no alto escalão da empresa comandada por Reed Hastings e foi prontamente recusada. Ainda de acordo com o jornal, procuradores de Nova York já estão investigando se Weinstein usou fundos que obteve de maneira ilegal do caixa da The Weinstein Company, para subornar suas supostas vítimas na tentativa de assegurar o silêncio delas. Há quem diga inclusive que se algo nesse sentido for comprovado ele dificilmente escapará da cadeia e, pior dos mundos, sem um tostão no bolso. (Por Anderson Antunes)