Não tem como negar, quando a gente acha que Anitta tá tranquila, ela vem e mostra que está cada vez mais poderosa. Depois do lançamento de dois clipes: “Desce Pro Play (PA PA PA)” ao lado de C Zaac e o rapper norte-americano Tyga, e “Tocamé”, que chegou nesta sexta às plataformas, em uma parceria com Arcangel e De La Ghetto, ela também está na capa da hypada ‘V Magazine’, que já estampou rostos como Britney Spears, Lady Gaga, entre outros. Fotografada seminua por Henrique Gendre, com direção de Nicola Formichetti, a cantora é comparada à rainha do pop logo no início da matéria: “Anitta que, se você não conhece, é como a Madonna do Brasil”, explica a reportagem ao comparar as duas cantoras. “Em sua ascensão relativamente rápida desde a estréia em 2010 no Brasil, Anitta – como Madonna antes dela – desafiou tudo, desde convenções musicais até forças de censura. Um produto das favelas do Rio – ou seja, dos setores mais pobres e desprivilegiados da cidade -, o estilo funk brasileiro da cantora foi sujeito a proibições por legisladores conservadores brasileiros em 2017″, continuou a publicação.
A entrevista é conduzida por Diplo, DJ e produtor norte-americano, bff de Anitta com quem lançou “Sua Cara”, em 2017. Na conversa, eles relembraram o momento em que a cantora desmaiou durante a gravação por conta do figurino. “Lembra, eu desmaiei? Estava tão quente e eles me colocaram em uma roupa de plástico! Mas então voltei à vida e continuei gravando o vídeo”, contou Anitta.
Afunkeira também falou sobre a infância e o início da carreira: “Eu tive uma vida simples, minha família não era uma família de “dinheiro”. Então, eu precisava ser criativa para fazer as coisas. E também, com essa vibe de festa que o país, e especialmente o Rio, tem… Nascer no meio dessa boa bagunça me fez querer criar oportunidades. Tudo o que é necessário fazer para alcançar meu objetivo, eu apenas faço. Quando eu era pobre, não tinha oportunidades ou estrutura para fazer o que queria. Então, precisava criar minha própria estrutura. É isso que eu penso”, começou Anitta, que também comentou sobre a diferença social existente no Rio de Janeiro: “Existem diferentes Rios. Há um Rio para pessoas ricas, essa classe ‘A’. E, depois, há a cidade das outras pessoas e pessoas que conhecem os lugares ‘B’”, analisa.
Aos 27 anos, ela também falou sobre o machismo que enfrentou dentro da indústria musical, principalmente por ser uma mulher que canta funk.: “Não tenho filtro. E acho que isso traz ainda mais preconceito para mim, porque as pessoas esperam que você, como mulher, tenha expectativas como: ‘Então, você vai ser assim. Você vai ter um namorado. Todo dia você tem que se comportar assim. ‘E eu fico tipo,’ eu não quero ser assim. Eu só quero fazer o que eu quiser. ‘Por que os homens podem fazer o que eles querem, e as mulheres não?”, diz.
Engajada com política atualmente, em certo momento Anitta foi questionada sobre ter um presidente como Donald Trump, e ela rebateu: “É pior, é muito pior”. Sobre os álbuns lançados mundialmente, com músicas em todos os idiomas, a cantora falou que faz questão de, em todas as músicas, colocar um toque brasileiro. “Sou eu, apresentando a cultura brasileira ao mundo”, conta.
Para deixar o dia dos fãs ainda melhor, Anitta lançou o single “Tocáme”, em parceria com os cantores Arcangel e De La Ghetto. E é claro que um clipe não poderia faltar. Confira!