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Anitta no Multishow || Créditos: Divulgação
Anitta no Multishow || Créditos: Juliana Rezende

Sim, Anitta roubou a cena no “Prêmio Multishow”, essa terça-feira no Rio. Cruzou o tapete vermelho com um look transparente apelidado de “plástico bolha” pelo pessoal das redes sociais. “Hoje estou perigosa, vim perigosa. Me inspirei na minha solteirice”. Mas não foi nada muito pensado, não. “Só vi minhas roupas hoje”.

Além de apresentar a cerimônia ao lado de Tatá Werneck – afiadíssima, como sempre -, ela concorria em cinco categorias. Como fazer essa dupla função? “É uma loucura. Trouxe minha mãe para receber prêmio pra mim… Ela até vestiu uma roupa minha”. Deu sorte… A cantora venceu como melhor clipe por “Vai, Malandra” e “música chiclete” também por “Vai, Malandra”.

No palco, Anitta simplesmente arrasou abrindo a noite com um medley homenageando diversas canções que venceram em edições anteriores do prêmio, que completou 25 anos. Teve cover de Fat Family, Sandy e Jr, Rouge, Marcelo D2 e Luka – aquela do hit “Tô nem aí, tô nem aí”. Durante todo o evento, ela saía do roteiro para reiterar que está “na pista” de novo, querendo aproveitar a solteirice. “Saudade do ex? Estou com saudades é de 2016, que foi uma safra maravilhosa. Já falei várias vezes sobre isso e ainda não recebi um ‘oi, sumida’ no meu celular…”

Até que, quando Luan Santana recebia um troféu, o músico Leandro Martins interrompeu seu discurso: “Estão falando que estão precisando de alguém de atitude aqui. Eu sou da banda Atitude 67 e a Anitta está precisando de um beijo”. E tascou um beijaço nela, que retribuiu, depois ficou toda sorridente e perdidinha sem conseguir acompanhar seu texto no TP. “Acabei de beijar um desconhecido”. O rapaz adorou, claro: “Foi bom pra caramba”. Depois todos dois garantiram que não foi nada combinado. “Eu só fui… Tive atitude e fui”, disse o cantor. “Nem tudo no prêmio é combinado. As coisas são ao vivo. E se eu brinco, tenho que aceitar que brinquem comigo”, comentou Anitta.
Em tempo: Anitta não falou de política, mas o assunto mais comentado no tapete vermelho foi o ataque pesado que ela foi vítima ao ter relutado em se posicionar dentro da campanha #elenão, contra Jair Bolsonaro, candidato líder nas pesquisas nas eleições para presidente.

O beijo || Créditos: Juliana Rezende

Ao Glamurama, Maria Gadu disse: “As pessoas esquecem que a arte é um reflexo político de qualquer tempo, como dizia Nina Simone. Temos direito de escolher nossas ideologias e de defender nossos próprios corpos. Estou lutando para ficar viva. Mas sou contra qualquer tipo de agressividade. A gente luta pelo amor, estou lutando para poder amar. Em casa, sofro preconceito do meu sogro, que não aceita meu casamento. Por isso que a gente está lutando. Crítica é muito bom, eleva a gente. Violência, não”.

Maria Gadu || Créditos: Juliana Rezende

E mais: “A Anitta já se posicionou. Não foi só depois das críticas. Ela é uma mana, vinda da periferia, e construiu uma carreira bonita dessa. Isso já é um posicionamento. E outra: a causa LGBTQIA luta por sobrevivência, por liberdade. A Anitta se posiciona quando sobre no trio [nas paradas LGBT] e diz ‘eu estou junto’. Causa um conflito quando ela não se posiciona politicamente, mas ela se posiciona em conversas, e não é por causa da pressão que ela sofreu, que aliás é errado pelo lado da violência. Mas crítica é sempre bom, constrói. Ser rebatido… O diálogo é sempre interessante. Ela se posiciona contra homofobia, transfobia, genocídio LGBT. E pra gente é muito importante. De novo: ela é uma mana e a gente respeita muita ela. Não sou ninguém para impor porque acredito no livre arbítrio. O que acho é que nesse momento fica desrespeitoso impor. O que tenho certeza é que sou contra o Bolsonaro e a favor da minha própria vida íntegra como uma mulher gay. Todo mundo tem voz. O movimento feminista está aí. A gente ganha menos e não tem lugar de fala. Não dá para as pessoas confundirem essas lutas com ‘ah, você é a favor da corrupção’. Quem aqui não é contra a corrupção?”

Até Caetano Veloso comentou o assunto: “Cada um faz o que quiser. Quem quiser se posicionar, se posicione. Quem não quiser, não se posicione… Não existe obrigação. Sou contra patrulhamento. Tenho horror à patrulha”. (por Michelle Licory)

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