Angélique Kidjo cantando Clara Nunes em orubá e mais do Prêmio da Música

 

Angélique foi uma das principais atrações do Prêmio da Música Brasileira

Por Michelle Licory

Com apresentação de Camila Pitanga e Mateus Solano, o Prêmio da Música Brasileira comemorou suas bodas de prata na edição que rolou nessa quarta-feira no Theatro Municipal do Rio. Foi Gilberto Gil que abriu a noite puxando: “Essa mulata quando dança/ é luxo só…” Depois teve Maria Bethânia com “Reconvexo”, Leci Brandão com “Saudosa Maloca” e Baby do Brasil e dançarinas vestidas de Carmen Miranda em “E o mundo não se acabou”. Na sequência, Beth Carvalho, que tem andado apenas de cadeira de rodas, emocionou a plateia ao surgir no palco sentada homenageando Cartola… “Deixe-me ir / Preciso andar / Vou por aí a procurar / Rir pra não chorar”. E então a cantora ficou de pé durante o resto de sua apresentação.

* Riachão também protagonizou um dos pontos altos do evento cantando “Var Morar com o Diabo” – um dos maiores sucessos gravados por Cássia Eller – ao lado de Criolo. Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz escolheram “Vai Vadiar”. E Camila, que usava um longo pink, o trocou por um modelo verde musgo combinado com turbante dourado para receber  a africana Angélique Kidjo, que fez um dueto de arrepiar com Péricles em “O Canto das Três Raças”, de Clara Nunes. Detalhe: a parte dela foi toda na língua orubá. O ex ExaltaSamba foi para a coxia vibrando. E a atriz voltou de lá se abanando após testemunhar a energia, o alcance vocal e os giros dos passos típicos de Angélique. Quem encerrou a programação foi Paulinho da Viola, com “Timoneiro”.

* Entre os premiados na cerimônia, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Gal Costa, Ney Matogrosso, Adriana Calcanhoto na categoria infantil, além das parcerias de Cauby Peixoto e Angela Maria, Chico Buarque e Wilson das Neves e Emicida com Criolo. Enquanto isso, na plateia… Leandra Leal, de novo visual para “Falso Brilhante”, acompanhando o namorado, Alê Youssef, um dos jurados, Isabelle Drummond, o +1 de seu amado, Tiago Iorc, que concorria na categoria língua estrangeira, e Reynaldo Gianecchini, que jurava que samba bem. “Só não frequento a Lapa toda semana.”

* Marisa Orth dizia que ama cantar samba… “Quando consigo. Acho que tenho ritmo, mas samba é fluência. Adoro aquela coisa filosófica do Nelson Cavaquinho…” Já Glória Maria contava que pra soltar a voz prefere Cartola e Zé Keti. E Fernanda Montenegro, em mais um momento de “grande dama”, deu entrevista para um humorista que perguntou se ela conhecia “Lepo Lepo” e “Beijinho no Ombro”. “Não, mas eu deveria. Hoje não porque já está tarde, mas amanha eu vou pesquisar na internet e te respondo por email qual dessas é minha preferida.”

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