Michael Lane Brandin, um americano de 23 anos que vive no Texas, achou que não seria nada demais avisar seus seguidores em uma rede social que testou positivo para o novo coronavírus dias atrás. Mais do que isso, ele ainda compartilhou detalhes sobre o diagnóstico que teria recebido dos médicos que dão expediente no Tyler County Hospital de Woodville, uma cidade com menos de 2,3 mil habitantes que fica na região sudeste do estado americano, e que segundo Brandin o teriam informado que por lá a transmissão da doença chegou ao ponto de acontecer pelo ar – ou seja, já perdeu o controle.
O único problema, por assim dizer, é que Brandin não está e nem nunca esteve com Covid-19, mas suas declarações alarmantes feitas na internet sobre a doença que mais gera medo no momento acabaram ocasionando uma sobrecarga de ligações para o Tyler County Hospital e também para as autoridades de Woodville, aquele tipo de lugar onde quase nada de ruim acontece. Resultado: ele acabou sendo denunciado pela direção do hospital para a polícia, que o prendeu nessa quarta-feira e o liberou somente depois do pagamento de uma fiança de US$ 1 mil (R$ 5.132) feito por familiares dele.
Em sua defesa, Brandin – que postou no Twitter sobre estar doente, mas já deletou o tuíte que continha a mentira – explicou que seu objetivo inicial era “ensinar” as pessoas que o seguem no microblog que em tempos de pandemia não se pode acreditar em tudo. E nem precisa dizer que a desculpa não colou muito bem, sobretudo porque o fanfarrão agora vai responder pelo crime de provocar falso alarme, para o qual a punição máxima nos Estados Unidos pode chegar a 5 anos atrás das grades. Tem cada um que parece até dois… (Por Anderson Antunes)