Alinne Moraes, desde que entrou para o movimento 342 [que começou para fazer pressão contra Temer no Congresso e ganhou vários desdobramentos], tem cada vez mais tornado públicas suas crescentes convicções políticas. A atriz tem usado seu Instagram para mobilizar seus quase 2 milhões de seguidores em torno de mensagens como “Lula Livre”, “Todos por Marielle”, bandeiras do MTST, críticas veladas aos prefeitos do Rio e de São Paulo e por aí vai. Entrou para a turma de Caetano Veloso e Paula Lavigne, frequenta debates privados no apartamento do casal – e empresta sua imagem para vídeos, além de fazer aparições públicas em eventos politizados promovidos por eles.
“Não sou um robô, tenho minhas opiniões”
Alinne é estrela do primeiro escalão da Globo – emissora constantemente criticada por outros militantes que defendem essas mesmas bandeiras. Glamurama foi perguntar para ela se esse posicionamento pode atrapalhar seu trabalho. “Não prejudica meu trabalho. Não sou um robô, sou uma pessoa, tenho minhas opiniões. Questionamentos te fazem crescer e a dúvida te bota para agir”, nos disse.
“O Mauro tem uma cabeça… E tenho amigos que também me ajudam”
Sobre a coragem de usar sua imagem para chamar atenção para as causas políticas em que acredita… “Socialmente falando, é muito importante como cidadã procurar saber mais sobre esse momento delicado. A minha geração e uma mais nova estão preocupadas, querendo se informar, se aprofundar, entender tudo isso. Só tenho meu Instagram [para usar como plataforma] e sempre trabalhei muito. Como estou de folga desde julho, tive mais tempo pra isso. O Mauro [Lima, cineasta, marido dela] tem uma cabeça… Ele me ensina muito. E tenho amigos que também me ajudam. Vou a debates para entender um pouco mais dessa história”.
“Ninguém é dono da verdade, mas…”
Alinne continua: “É hora de deixar as fake news de lado e se posicionar. Hoje é mais difícil ainda porque nada é certo, mas acho importante dizer em que acredita. Ninguém é dono da verdade, mas acho importante questionar e me colocar”. E tem mais: “As fake news são muito preocupantes nos grupos de WhatsApp. Você posta uma coisinha sem pesquisar de onde vem a informação e aquilo toma uma dimensão muito maior, sensacionalista às vezes. É normal comentar, mas esse é o momento de pesquisar antes de comentar. Hoje temos muita informação, mas nada é aprofundado e você nem sabe de onde vem. Saber onde você quer se informar é muito importante também”. (por Michelle Licory)