Além de gente boa, Rita Lee é imortal

“Nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa.” Na autobiografia lançada em 2016, Rita Lee já sabia que essa era a frase que gostaria de colocar como epitáfio.

Hoje, no velório da mãe, João Lee destacou a importância de escolhermos nossos ídolos e heróis, pois são eles que moldam nosso comportamento. Rita Lee certamente desempenhou esse papel inspirador na vida de muitos, e seu legado continuará a brilhar mais forte do que nunca.

A capacidade de emprestar sua voz para lutar por causas importantes era um dos superpoderes de Rita e seu exemplo certamente impactou a vida de seus filhos Beto, João e Antonio, e a vida de muitos de nós. Abordou questões complexas, como o empoderamento feminino e o papel das mulheres na engrenagem democrática de uma sociedade resistente a esses temas. Em suas músicas, falou sobre sexo, drogas, irreverência e rebeldia, entre tantos outros assuntos relevantes.

O legado de Rita Lee se evidencia nas novas gerações, que mesmo sem terem vivido na época da Ditadura ou ido a um de seus shows, encontram inspiração em suas músicas e defendem suas bandeiras. João Lee revelou que, antes de sua partida, Rita preparou presentes especiais para seus fãs. Documentários e uma segunda biografia estão entre esses presentes. A nova obra, intitulada “Outra autobiografia”, será lançada no dia 22 de maio, uma data escolhida cuidadosamente por Rita por ser o dia de Santa Rita de Cássia. O livro focará nos últimos três anos de vida da artista, abordando desde a pandemia de coronavírus até o diagnóstico de câncer.

Essa nova obra proporcionará a todos seus admiradores uma visão mais íntima e profunda dos desafios e reflexões que marcaram os últimos anos da cantora. Rita Lee sempre será estará entre nós com a força de uma artista corajosa, talentosa e comprometida. Sim, a Rainha do Rock transcende gerações.

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