Se Sacha Baron Cohen não se leva a sério, o mais recente alter ego dele, o jornalista austríaco Brüno, é bem diferente. Glamurama assistiu na noite dessa segunda-feira à pré-estreia para a imprensa, no shopping Frei Caneca, do filme “Brüno”, uma sátira com ares de “pseudodocumentário” estrelada pela faceta de Baron Cohen que corresponde a um fashionista gay pra lá de afetado, cujo maior sonho é ser famoso no mundo inteiro.
* Assim como em “Borat”, o filme é uma sequencia de provocações feitas pelo personagem criado e talhado com quase total perfeição do que seria o estereótipo homossexual, na medida para atacar um dos grandes alvos do filme: os homofóbicos. Não tem como não se apaixonar por Brüno, a sinceridade e vaidade em pessoa. Sem contar que ele é divertidíssimo.
* Com o objetivo de desconstruir conceitos e pré-conceitos, Sacha/Brüno expõe seus interlocutores ao ridículo sem parar. O tratamento é de choque, um verdadeiro tapa na cara. Nada escapa das provocações de Baron Cohen, que chegou ao ponto de ir até Israel – Sacha é judeu – tentar fazer com que um acordo de paz entre judeus e palestinos fosse arranjando por ele. Perguntou a líderes dos dois povos por que eles não gostarem de Homus, comida típica da região, confundindo com o nome do grupo extremista Hamas.
* Entre estas e outras, Brüno “se torna” pai de um garotinho africano, o qual leva para os Estados Unidos, onde se passa a maior parte do filme. E, detalhe: o trajeto do pequeno é feito em uma caixa, despachada com a bagagem. A justificativa dele? Seguir os passos de Madonna e Brangelina.
* Para Brüno vale tudo pela fama, e por trás de tanto escracho e exagero estão críticas extremamente politizadas, só que fantasiadas de comédia. Para assistir livre de preconceitos. Nos Estados Unidos, está em cartaz desde o dia 10, e já lidera as bilheterias. “Brüno” estreia nos cinemas brasileiros na segunda semana de agosto.