Glamurama foi bater um papo com Aguinaldo Silva, autor de “Império”, que estreia logo mais, nesta segunda-feira, na Globo. Sobre o crescimento do espaço de homossexuais no horário nobre, ele comentou: “Dizem que 10% da população é gay. Tenho 40 e poucos personagens e 4 homossexuais [entre eles os vividos por José Mayer e Paulo Betti]. Estou dentro da cota”.
* Ao ser perguntado se o motivo da baixa audiência de “Em Família” seria a falta de um vilão clássico… “O vilão é uma figura típica do folhetim. Sem vilão não tem novela. O pior de todos sou eu, que tenho que imaginar todas essas maldades. Fui visitar o cenário da casa da Cora e vi que colocaram uma escada lá, e eu nem pedi, mas claro que agora ela vai ter que jogar alguém de lá. De qualquer forma, novela é igual a jornal de ontem. Acaba e ninguém lembra mais. Eu esqueço dos meus personagens. Só lembro da Nazaré [interpretada por Renata Sorrah, em “Senhora do Destino”].
* É verdade que você coloca características suas nos personagens? “Sim. Me identifico muito com o papel do Rafael Cardoso, um nordestino muito pobre que vai se dar bem na vida. Gosto de dizer de onde vim e como estou agora. No papel do Alexandre Nero [protagonista], coloquei várias manias minhas como acordar bem cedo, fazer a própria cama e o café da manhã, mesmo sendo um milionário. Ter um império não dá mais tempo pra mim, mas gosto de joias, como ele. Coleciono. Não fica bem em homem, são peças femininas, algumas bem interessantes inclusive, mas adoro ter, polir, guardar. Faz parte do meu lazer.