Teve reviravolta das grandes na investigação sobre os crimes sexuais atribuídos a Jeffrey Epstein, que se suicidou em agosto na cadeia. Acusado de ser o responsável por selecionar as garotas menores de idade que frequentavam as supostas orgias organizadas a mando do multimilionário, o agente de modelos Jean-Luc Brunel estaria escondido em algum país da América do Sul. Nessa terça-feira, o apartamento de Brunel na Avenue Foch de Paris e a sede da agência dele, a Karin Models, foram revistados pela polícia francesa.
De acordo com o jornal francês “Le Parisien” em reportagem publicada nessa semana sobre o caso, Brunel pode ser peça-chave na identificação dos supostos convidados famosos do falecido nas tais festas para adultos que ele possivelmente dava em suas casas mundo afora. Os dois eram bffs e chegaram a ser sócios na agência de modelos MC2, que tem sede em Miami e mantém escritórios em Nova York e Tel Aviv, dois dos destinos favoritos de Epstein.
A propósito, nessa semana também deu o que falar a declaração do ex-policial da Flórida John Mark Dougan, que foi assistente do xerife de Palm Beach durante alguns meses de 2005, e que nesse curto período teria testemunhado algumas ilegalidades cometidas por Epstein, algumas supostamente com a participação do príncipe Andrew. Dougan, que atualmente mora na Rússia, afirmou em entrevista ao jornal “Times of London” que o filho da rainha Elizabeth II teria pressionado o FBI para “deixar Epstein em paz”, o que de fato aconteceu em 2008 quando o financista fechou um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Atualmente sendo investigado pelas autoridades americanas por um motivo que nada tem a ver com toda essa história, Dougan garante ter evidências documentais de tudo, mas já adiantou que só vai revelá-las se sentir que sua vida ou a de seus familiares estiver em perigo. Enquanto isso, o maior medo do pessoal da MI6, a agência de inteligência do Reino Unido, é que ele tenho vazado parte dessas provas para os russos, que teriam interesse no material sabe-se lá porque. Que novela! (Por Anderson Antunes)