Adriana Barra armou festão em sua loja nos Jardins, nessa terça-feira, para comemoração dupla: o aniversário da estilista e o lançamento da coleção Teahupo’o – nome de uma vila no Taiti -, inspirada nos campeonatos de surfe. Glamurama foi até lá conferir tudo de perto e conversar com Adriana sobre o seu assunto favorito. Moda? Não, viagem.
Glamurama: A coleção surgiu de uma viagem?
Adriana Barra: Na verdade a coleção vem de uma vontade de fazer campeonato de surfe, já fiz uma vez, mas muito focada na parte vintage e, dessa vez, queria fazer uma parte mais urbana, mais contemporânea, mais dos dias de hoje. Aí fiz uma coleção que engloba vários países do mundo – onde acontecem os campeonatos – e acabei fazendo a viagem só para o Havaí desta vez, para pegar a nata e dar uma refrescada na memória.
Glamurama: Você acompanhou o Campeonato Mundial de Surfe com a vitória do Gabriel Medina?
Adriana Barra: Quando aconteceu a final nós já tínhamos lançado a coleção no atacado, a gente sabia que o Medina estava concorrendo, ganhando várias coisas, mas fui para o Havaí em maio (Medina foi consagrado campeão no dia 19 de dezembro). No dia em que ele ganhou o campeonato, estávamos fotografando a campanha, a gente comemorou essa coisa visionária que tivemos, não imaginávamos que ele iria coroar com tudo isso, porque o país virou o país do surfe. Depois que isso aconteceu, Medina virou um herói, que a gente tá querendo há muito tempo, não é?
Glamurama: O surfe sempre fez parte da sua vida?
Adriana Barra: Sempre acompanhei surfe desde pequena, não lia as revistas de menina quando era menor, como “Capricho” etc, eu lia a “Fluir”. Sempre namorei muito surfista, sempre estive na praia, surfei um pouco de long board e acompanhei a história do surfe. Aí me deu vontade de fazer essa coleção, isso sempre faz parte das minhas outras coleções de alguma forma, mas queria dar uma fechada nesse ciclo de forma especial, aí veio a Teahupo’o.
Glamurama: E você surfa ainda?
Adriana Barra: Hoje em dia não surfo mais, mas surfei dessa vez no Havaí de leve, de long board, em Waikiki e North Shore, mas com o mar pequeno. Até porque o meu negócio é mais long board mesmo, pegar a onda e ir nela inteira, não tenho essa coisa radical, tenho um pouco de medo do mar, um respeito grande. Mas surfo um pouco sim, quando dá.
Glamurama: Viajar sempre fez parte da sua vida, você rodou o mundo, morou na Ásia… tem algum lugar que você não conheça e ainda queira conhecer?
Adriana Barra: Tem muitos, a Antártida… fico curiosa para ver um mundo bem branco, cheio de coisas novas. Há pouco tempo fui para o Atacama, que é uma coisa bem sem horizonte, quero mais este frescor, estou mais nessa de nem tantas informações e mais o que pode vir da minha inspiração. Mas tem muitos lugares, tem a África, que eu não conheço direito… Mas viagem para mim é uma coisa muito importante, tanto na gastronomia, quanto naquilo que vou beber, nas coisas que vou conhecer. Não viajo muito para fazer pesquisa de moda em si, viajo mais para ter uma coisa de lifestyle, cultura, é disso que nascem as coisas que eu faço. Preciso viajar mesmo, eu sou addict em viagem, não tem jeito. Quando não viajo começo a viajar de outra maneira (risos), e aí eu perturbo demais!
Por Verrô Campos
Siga a seta e confira as fotos da campanha da nova coleção de Adriana Barra.
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