A cobertura televisiva do tapete vermelho do Oscar deste domingo promete ter momentos de “climão” total. Habitué dos instantes que antecedem a transmissão da entrega de prêmios da Academia, Ryan Seacrest foi acusado de assédio sexual recentemente por sua ex personal stylist, Suzie Hardy. O suposto crime teria acontecido repetidas vezes ao longo dos seis anos que os dois trabalharam juntos. Seacrest, que mantém um contrato multimilionário com o canal E! Entertainment, nega qualquer tipo de conduta inapropriada.
O problema é que, em tempos de #MeToo e numa Hollywood onde poucos sabem ao certo como se portar em um mundo pós-Harvey Weinstein, ninguém quer correr o risco de ser visto perto do apresentador, ao menos até que a história de Suzie seja totalmente esclarecida. Como resultado vários profissionais que cuidam da imagem de astros e estrelas que deverão marcar presença na próxima grande noite do cinema já avisaram que pretendem passar longe de Seacrest, que geralmente não tem dificuldades para atrair famosos e questioná-los sobre tudo nestas ocasiões.
Bellamy Young, estrela da série “Scandal”, foi ainda mais longe e pediu publicamente para que Seacrest não marque presença no Oscar deste ano. “Acho que é o caso de sair de cena e ceder o lugar para que alguém de igual talento e acima de qualquer suspeita assuma a função dele”, a atriz disse em uma entrevista para a “Variety”. Ao menos por enquanto, a possibilidade de que isso aconteça é zero. (Por Anderson Antunes)