Demitido em novembro depois de ser acusado de ter assediado sexualmente pelo menos oito mulheres entre 1990 e 2011, sempre no ambiente de trabalho, Charlie Rose perdeu os empregos de décadas nas redes de televisão CBS e PBS, porém manteve o gosto por frequentar bons restaurantes na companhia de velhos amigos. Só
na última semana o lendário jornalista americano, para quem Eike Batista prometeu em 2010 que se tornaria o homem mais rico do mundo, foi visto em pelo menos três bistrôs badalados de Nova York, daqueles nos quais ninguém chega perto do cardápio sem antes ter feito uma reserva com muita antecedência.
O tour gastronômico de Rose pela Big Apple começou na quarta-feira, quando ele deu pivô no Frenchette, um francês disputadíssimo recém-inaugurado lá, acompanhado de Sean Penn. No dia seguinte, o point escolhido foi uma festa de aniversário que rolou em um restô do Upper East Side, na qual Woody Allen e o bilionário de Wall Street Steve Cohen também marcaram presença. Por fim, o ex-âncora do “CBS This Morning” escolheu o tradicional Il Cantinori, na sexta-feira, para jantar “all by himself”.
Um dos mais premiados jornalistas da TV americana, Rose entrevistou praticamente todo mundo que se tornou alguém no cenário internacional nos últimos 30 anos, e ainda não se conformou com sua queda. O comentário é que o veterano estaria planejando uma volta triunfal aos holofotes, mas ninguém acredita que isso seja possível. Até
porque o “The Washington Post”, que trouxe à tona as revelações de crimes sexuais publicadas no fim do ano passado, está trabalhando há meses em uma nova reportagem sobre Rose e seus anos de glória que promete render ainda muitas dores de cabeça para ele e alguns de seus colegas famosos… (Por Anderson Antunes)