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Inferiridade
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Sabe aquela pessoa que não perde a oportunidade de apontar algum defeito no outro? Aquela pessoa que perante uma “autoridade” gosta de diminuir falando que você erra muito nisso ou que é um defeito seu? Essa pessoa é mais fraca que a sua dita fraqueza. Ela tem uma necessidade de se afirmar (como maior) perante você (e sua “fraqueza”), mas no fundo isso não passa de uma grande insegurança que precisa ser preenchida com o EGO.

O filósofo famoso “rouba brisa”, Nietzsche, fala muita sobre o ressentimento e a fraqueza, em especial no conceito de “Moral do Senhor e do Escravo”, onde ele considera o senhor aquele que faz sua própria ética, que possuí autenticidade em seus princípios e não busca afirmar suas atitudes e valores no outro, já o escravo é aquele que PRECISA do outro para poder se afirmar, o escravo não tem força própria para criar seus valores então ele depende do outro para seus referenciais, podemos aqui dividir em duas partes.

O referencial positivo

O escravo se apega em uma força que não é dele, tira força de algo externo, como um “ídolo” ou alguma força divina para poder continuar vivendo. Não reconhece sua força como suficiente para encarar a vida, não se vê grande o bastante para viver, então precisa se apegar em algo externo, seja uma promessa de vida ou até mesmo uma vida “confortável” baseada em algum ícone ou grande personalidade, falta autenticidade e reconhecimento de si mesmo.

O referencial negativo

O escravo precisa de algum “errado” para se afirmar certo, precisa enxergar uma “fraqueza” para conseguir se sentir superior. Entende como essa pessoa é pequena? Ela precisa de um erro para se sentir maior, ela é menor que a fraqueza. Em sua filosofia, Nietzsche aponta conceitos como o “pecado” como esse referencial negativo, a demonização do prazer e das aspirações nobres como algo “errado” e a necessidade de dizer: “ó lá, ele tá errando viu? O que o sujeito está fazendo é errado e eu que não fiz estou certo, logo eu serei recompensado.”

Pessoas fracas que precisam apontar o outro para sentir alguma coisa estão numa situação lamentável perante elas mesmas, essas pessoas precisam fazer um movimento de olhar para si mesmas e buscar dentro a força, a vontade, a potência. Não busque no outro ou em algo uma coisa que já está dentro de você, só basta você se reconhecer, ou como o próprio Nietzsche diria; “Torna-te a ti mesmo”. Não dependa do outro para ser algo, não seja sombra, não seja menor que o erro de alguém.

(*Audino Vilão, filósofo, cursa História na universidade e é youtuber – no insta @audinovilao e no Youtube)

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