Considerada uma das partes mais encantadoras da Itália, a pitoresca Cinque Terre, no noroeste do país europeu, é um destino de verão perfeito para aqueles que curtem fazer turismo a pé e que deverá atrair 750 mil visitantes nesse ano, 300 mil a mais do que o número registrado em 2018. Conhecida oficialmente como Parco Nazionale delle Cinque Terre (Parque Nacional das Cinco Terras), a região tombada pela UNESCO como patrimônio mundial compreende cinco vilarejos – Manarola, Corniglia, Riomaggiore, Vernazza e Monterosso al Mare -, todos fincados em encostas rochosas de morros altíssimos e emoldurados pelo Mar Mediterrâneo.
Tratam-se, portanto, de destinos perfeitos para viajantes em busca das melhores vistas e de aventuras de férias de verão que aparentemente não exigem muito esforço, exceto pelo fato de que agora ninguém pode circular pelas áreas não urbanizadas do parque de sandálias de dedo. O motivo? Muitos turistas, sobretudo os vindos de navios de cruzeiro, fizeram isso ao longo dos últimos anos e precisaram ser resgatados pelas autoridades, já que esse tipo de calçado combinado com terrenos íngremes e calor em excesso não formam exatamente a melhor combinação.
As multas para quem desobedecer a nova regra variam entre €50 (R$ 217,50) e €2,5 mil (R$ 10.875), dependendo da gravidade de cada situação. Pode até parecer um exagero, mas já teve gente que mobiliou até helicóptero para ser salva só por causa do uso – inadequado, nesse caso – de chinelos, e no fim quem pagava a conta eram os moradores de lá. Esse tipo de punição financeira, aliás, está em alta na terra da pizza: sentar em lugares não próprios para descanso em Veneza, por exemplo, passou a custar €500 (R$ 2.175) há dois meses para os desavisados que se arriscarem a fazer isso. (Por Anderson Antunes)