Madonna, a lenda viva do showbiz, completa nesta segunda-feira 63 anos – e possivelmente com festão, conforme ela mesma deu a entender no Instagram dia desses. Glamurama, fã de carteirinha da mega-estrela, a homenageia com uma linha do tempo de seu estilo, traçada desde o início de sua carreira, no anos 1980, até os dias atuais. Madge sempre foi aberta a vestir estilistas diversos, conhecidos ou não do mainstream. O que se conclui com a cronologia fashion da eterna material girl é que seu estilo não seguiu muitas regras ou fashionismos ao longo dos anos, chegando a um mix cheio de referências e absolutamente único. Espia só!
Anos 1980
Na década de 1980, quando lançou, em 1983, o disco de estreia de sua carreira solo – “Madonna” – ela já começou a influenciar o público feminino com seu estilo. Há quem diga que seu visual da época, composto por tops de renda, saias sobre calças capri e meia arrastão combinados a crucifixos, pulseiras e cabelos descoloridos, foi cria do estilista e designer de joias Maripol. Foi naquela década, em 1985, que Madonna fez sua primeira turnê pelos Estados Unidos, a “The Virgin Tour”, com os Beastie Boys abrindo grande parte dos shows. Pelos espetáculos, fileiras de meninas usando saias de filó e calças capri, luvas de renda, rosários, laços no cabelo e brincos de argola – ícones do estilo de Madonna naquele período. Como esquecer? Entre os anos 1985 e 1989, foi casada com Sean Penn.
Anos 1990
Nos anos 1990, Madge já era a dona do pedaço. Sua turnê “Blond Ambition World Tour”, com danças provocantes e o objetivo de quebrar tabus inúteis, foi considerada pela “Rolling Stone” como a melhor turnê daquela década. Foi no figurino do espetáculo que Madonna usou o icônico corset com sutiã em forma de cone criado por Jean Paul Gaultier. Com sua performance de “Like a Virgin”, durante a qual dois bailarinos acariciaram seu corpo, incomodando a Igreja Católica. O Papa João Paulo II, através de fiéis, mobilizou o público em geral e a comunidade cristã a não comparecer aos shows. Naquela década, imagens provocantes foram sua marca registrada.
O erotismo ganhou força quando Madonna embarcou na turnê “The Girlie Show”, em 1993, onde se vestia como uma dominatrix cercada por dançarinas de topless. Em presenças em programas de TV, não perdia a oportunidade de usar palavrões. No cinema, participou de filmes com sexo explícito e lançou o livro “Sex”, com fotos pornográficas, incluindo sadomasoquismo, por Steven Meisel. Tudo isso levou críticos a referirem-se a Madonna como uma renegada sexual e afirmarem que “ela tinha ido longe demais”. Só que não…
Anos 2000
Com a virada do milênio, Madonna deixou seu lado maternal falar mais alto. Foi mãe de Lourdes Maria em 1996, e quatro anos depois veio Rocco. Apesar de seu relacionamento com o cubano Carlos Leon, pai de Lola, não ter durado muito, seu casamento com Guy Ritchie perdurou de 2000 a 2008. Após o nascimento da primogênita, Madonna começou a manifestar interesse pelo misticismo oriental da Cabala, para o qual foi apresentada pela atriz Sandra Bernhard, em 1997. O seu sétimo álbum de estúdio, “Ray of Light”, refletiu esta mudança em sua percepção e imagem. Seu estilo nesta década foi muito mais contido, mas ainda com presença de ousadia em doses muito menores. Madonna adotou também o estilo esportivo e conquistou o corpo musculoso.
Anos 2010
De lá pra cá Madonna, como toda mulher, amadureceu seu estilo. Acontece que, em se tratando dela, a maturidade chegou trazendo um processamento de tudo aquilo que ela já usou ao longo de sua carreira. A idade também trouxe à Madonna engajamento político latente. Ela nunca foge à uma luta social e, vira e mexe, explora seu visual a favor de suas causas. Um exemplo é quando foi ao gala do Metropolitan, em 2016, a bordo de produção com bumbum e seios à mostra, look criado para ela pela Givenchy. Na ocasião, Madonna disse em seu Instagram que o look tinha como viés “declaração política” em prol da luta contra a ideia de que mulheres deixam de ser sexy a partir de certa idade.
Anos 2020
Pensa que Madonna resolveu se vestir como a maioria das mulheres de sua idade? Nada disso! Ela continua ousando, mas está claramente mais refinada em suas escolhas, optando pelos looks que valorizam suas melhores partes e seu corpo trabalhado em academia de fazer inveja em muita menininha. Tá certo que ela se cobre mais do que no começo da carreira, mas tal como a rainha Elizabeth II, que sempre opta por cores mais fortes quando está em público, a fim de que todos a vejam mesmo à distância, Madge continua sendo facilmente reconhecida por suas roupas ecléticas de longe. Coisas de majestades!