Domingo será um dia decisivo para Tom Brady. Em mais uma disputa por um Super Bowl, o equivalente no futebol americano a uma final de Copa do Mundo, o marido de Gisele Bündchen entrará em campo no Mercedes-Benz Stadium de Atlanta, na Geórgia, como um dos maiores nomes da história dos esportes – assim mesmo, no plural, como é comum no caso dos atletas que conquistam grandes feitos.
Tanto favoritismo significa, entre várias outras questões, que Brady estará sob pressão enorme como jamais enfrentou em sua bem sucedida carreira, e qualquer erro que cometer durante a disputa entre o time do qual é quarterback, o New England Patriots, contra o Los Angeles Rams, será examinado com lupa e sem piedade pela imprensa e pelos fãs.
A sorte do jogador, que vive sua melhor fase aos 41 anos, são os oito Super Bowls que ele tem no currículo, dos quais se sagrou vitorioso junto com o Patriots em cinco. Em cada um desses últimos, Brady e seus colegas de equipe levaram pra casa o cobiçado troféu Vince Lombardi e, ainda mais significativo, um anel de ouro branco ou amarelo. E há uma história por trás da joia.
A moda de presentear os vencedores de grandes competições dos Estados Unidos com anéis surgiu no começo dos anos 1920, originalmente no universo do beisebol. Outras modalidades esportivas aderiram em seguida, mas no futebol americano a tradição só pegou de vez mesmo nos anos 1950. De lá pra cá, milhares foram produzidos, já que além dos jogadores os membros da comissão técnica também ganham um.
A ideia é que o “Super Bowl Ring” dê a oportunidade para aqueles que o merecem de ter perto de si algo que os permita relembrar o momento de vitória, uma vez que o troféu Vince Lombardi não tem réplicas e costuma ficar em um lugar onde eles não vão com muito frequência, geralmente expostos ao público. É, basicamente, um item pensado para ser pessoal e simbolizar a grandeza de cada um no melhor estilo “American Dream”.
Mas definitivamente não se trata de uma peça basiquinha, tanto que joalherias como as americanas Balfour e Tiffany & Co. se revezam ano após ano na produção do anel, cujo custo é estimado em US$ 5 mil (R$ 18,3 mil). Há registros, no entanto, de ex-astros dos gramados que viveram dificuldades financeiras e precisaram leiloar os seus, em alguns casos por somas que passaram dos US$ 344 mil (R$ 1,26 milhão) na venda no martelo.
Brady guarda os dele em casa, e os exibiu pela última vez de uma forma que talvez gostaria de esquecer: em uma foto na qual aparecem adornando os dedos da ex-babá dos filhos de Jennifer Garner e Ben Affleck que teria vivido um affair com o ator, durante um voo de jatinho que dividiu com a moça e astro hollywoodiano. No domingo ele terá a chance de “exorcizar” a imagem com um novo clique que, quem sabe, terá um sexto anel. (Por Anderson Antunes)