Da Embaixada do Equador em Londres, onde está asilado há mais de um ano, Julian Assange, fundador do Wikileaks, anunciou nesta quinta-feira que pretende concorrer ao senado da Austrália nas eleições que acontecerão em setembro no país. Ele quer se candidatar pelo partido Wikileaks, homônimo ao site de denúncias, juntamente com outras seis pessoas.
Embora esteja impossibilitado de deixar a embaixada em Londres, sob o risco de ser preso e extraditado para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais, Assange pretende usar a mídia que sempre está à sua disposição para promover o partido recém-criado e os outros candidatos, em vez de ter esperanças em sua própria candidatura.
Assange também pode ter uma carta na manga, já que nos últimos meses os advogados do Wikileaks fizeram questão de pagar todos os custos legais referentes à situação de Edward Snowden, que fugiu de Hong Kong graças ao apoio de Assange, que também vem tentando convencer as autoridades equatorianas a conceder o asilo político ao norte-americano.
Pelo andar da carruagem, não seria exagero dizer que aquele filme sobre Assange que o deixou tão irritado tem tudo para ganhar uma segunda parte.