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Philip Roth || Créditos: Getty Images
Philip Roth || Créditos: Getty Images

Considerado um dos maiores escritores dos Estados Unidos em todos os tempos, Philip Roth morreu nesta terça-feira em um hospital de Nova York, aos 85 anos, de insuficiência cardíaca. Seguidor de Kafka e conhecido pelo estilo de escrita intensamente autobiográfico ao mesmo tempo em que não deixa claro o que é ficção e o que é realidade, o autor do clássico “Pastoral Americana” foi um dos mais festejados novelistas americanos dos últimos tempos, vencedor de um Pulitzer em 1998 pelo livro citado, além de dois National Book Awards, e também condecorado com uma Medalha Nacional de Humanidades em 2011 pelo então presidente dos EUA Barack Obama.

Mas faltou uma honraria no invejável currículo de Roth: apesar de ser um dos gigantes da literatura americana, ele nunca ganhou um Nobel, algo que muitos de seus fãs estão lembrando no Twitter nesse momento de despedida. “O comitê do Nobel perdeu a chance de dar o prêmio de Literatura a alguém que merecia mais do que alguns agraciados de tempos recentes. Pra dizer o mínimo, Philip Roth (e John Updike) deveriam ter sido reconhecidos muito antes de [Bob] Dylan”, reclamaram no microblog.

A verdade é que Roth não está sozinho entre os “esnobados” pela Academia Sueca, um grupo que inclui vários outros gênios das letras que deixaram obras magníficas apesar de jamais terem levado pra casa um Nobel. A seguir, Glamurama lembra 5 desses “imortais”… (Por Anderson Antunes)

John Updike || Créditos: Reprodução

John Updike

Com mais de 20 romances publicados, Updike foi um crítico influente que mudou a maneira de pensar de muitos americanos sobre temas como mulheres, religião e casamento. Ele ganhou dois Pulitzers e morreu em 2009 sem nenhum Nobel. Os melhores livros do escritor são “Coelho Corre” (da série “Coelho”), “O Golpe” e os da trilogia “A Letra Escarlate”.

Robert Frost || Créditos: Reprodução

Robert Frost

Certamente um dos poetas mais famosos do século 20, Frost abordava temas rurais em seus trabalhos e ganhou vários prêmios ao longo da vida. O escritor morto em 1963 era obcecado pelo Nobel, segundo seus biógrafos, mas precisou se contentar com os quatro Pulitzers que ganhou. Os melhores livros dele são “A Boy’s Will” e “Ao Norte de Boston”.

James Joyce || Créditos: Reprodução

James Joyce

Com um nome que é praticamente sinônimo de boa literatura, o irlandês é um dos escritores que mais vendem livros no mundo. Criador da técnica literária conhecida como “fluxo da consciência, foi considerado em 1999 pela revista “Time” como uma das 100 pessoas mais importantes de século 20, e morreu em 1941 sem vencer o Nobel. Os melhores livros dele são “Ulisses”, “Finnegans Wake” e a coleção de “short stories” “Dubliners”.

Franz Kafka || Créditos: Reprodução

Franz Kafka

Um dos ídolos de Roth também foi ignorado pela Academia Sueca. Kafka desenvolveu um estilo todo único de escrever, conquistou e continua conquistando leitores ao redor do mundo, mas nunca ganhou um Nobel. Teria sido um reconhecimento e tanto para o escritor, que apesar da obra merecedora teve uma vida cheia de tragédias. Os melhores livros do alemão são “A Metamorfose” e “O Processo”.

Jorge Luis Borges || Crédito: Reprodução

Jorge Luis Borges

Um dos maiores nomes da literatura latino-americana, o argentino é considerado um caso à parte quando o assunto é o Nobel. Isso porque ele praticamente criou o realismo fantástico, popularizado por Gabriel García Marquez e Mario Vargas Llosa, e ambos receberam o cobiçado prêmio. Apesar disso, é considerado um dos melhores escritores do século 20, e os melhores livros dele são “O Aleph” e “Ficções”.

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