Gringo Cardia, referência mundial em cenografia, revela que gostaria de ser o Buda e fala sobre suas preferências à PODER

Gringo Cardia || Créditos: Divulgação

Por Fernanda Grilo para a revista PODER

Gringo Cardia é referência mundial em cenografia e está por trás dos maiores eventos do showbiz. Seus próximos trabalhos são o espetáculo Cura, de Deborah Colker, a Oca Red – Woke to Connect, na Bienal de Arquitetura de Veneza, e o Museu das Ialorixás, em Salvador.

SEU MELHOR TRABALHO? Fazer museus contar grandes histórias e  valores para a nova geração e pesquisar linguagens visuais que falem com os jovens.

TER UMA ONG COMO A SPECTACULU É: Gostar dos outros, querer o bem das pessoas e atuar de maneira concreta para que isso seja possível e transformador.

MOMENTO DE MAU HUMOR: Encontrar pessoas desagregadoras e encrenqueiras.

ESCRITOR(A): Lilia Schwarcz e Heloisa Starling.

FRASE PREFERIDA: “A educação não transforma o mundo, a educação transforma as pessoas e as pessoas transformam o mundo”, Paulo Freire. Esse é o medo da política.

COMO DEFINE O BRASIL ATUAL? Uma grande tristeza, mas, ao mesmo tempo, um momento de pensar e trazer coisas novas e transformadoras, propositoras e positivas para o coração apagado das pessoas.

SONHO DE INFÂNCIA: Construir grandes coisas, cenários fantásticos de ficção científica e de terror.

O QUE FALTA REALIZAR NA VIDA: Uma grande viagem pela África.

VÍCIO: Estar ligado em tudo, ter de ver tudo, uma fome de olhar e de ver ao vivo.

QUALIDADE E DEFEITO: Gostar de ajudar os outros e não ser tolerante e perder logo a paciência com gente ruim e prepotente.

SER BEM-SUCEDIDO É? Não pensar no sucesso e trabalhar só no que gosta.

ONDE E QUANDO É MAIS FELIZ: Quando todo mundo está feliz, sou um ser coletivo.

MEDO: Da ignorância e da manipulação das verdades que ocorrem atualmente e da cegueira de pessoas deslumbradas com dinheiro e sucesso.

PESSOA QUE TE INSPIRA: Mãe Stella de Oxóssi (Iyalorixá do Ilê Axé Opó Afonjá).

LUGAR NO MUNDO? A floresta amazônica, mãe de todos nós, da nossa vida e dos nossos espíritos.

COM O QUE SE PREOCUPA? Com os nossos jovens largados e com os nossos índios tratados como indigentes.

O MUNDO ESTÁ CHATO? Sempre foi chato e maravilhoso. Hoje estão querendo que a gente só veja o dark side, mas temos que lutar pelo bem e para melhorar, pois ninguém veio nesta encarnação de férias para curtir.

DESEJO PARA O FUTURO: Paz, amor e tolerância. Amor ao próximo. Isso é o que vale na vida.

QUEM GOSTARIA DE SER: Buda.

CENOGRAFIA QUE GOSTARIA DE TER FEITO? Museu do Índio, no Rio de Janeiro.

CANTOR PREDILETO: David Bowie é minha maior inspiração desde pequeno.

MÚSICA QUE MARCOU SUA VIDA: “Rocket Man”, do Elton John. Desde criança ouvindo a música me sentia um homem voando em direção às estrelas, meio superherói.

NÃO PODE FALTAR NO SEU CAFÉ DA MANHÃ: Abacate, frutas e paisagem para ver.

ARTISTA PREFERIDO: Walter Van Beirendonck [designer e estilista].

ARTISTA QUE TODOS DEVERIAM CONHECER: Geleia da Rocinha [artista plástico].

UM LIVRO: O Povo Brasileiro, de Darcy Ribeiro.

MELHOR FILME: O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman. Uma parábola da vida e da morte.

GADGET PREFERIDO? Meu iPhone. Faço tudo nele, não uso mais laptop.

ÍDOLO: Nelson Mandela

MELHOR HORA DO DIA: O pôr do sol da minha casa, no Rio. Uma hora mágica em que se nota a entidade que nos protege e nos dá a beleza da vida.

MANIA: Acumular livros, impressos e bonecos de todos os tipos.

O QUE SEMPRE FALTA NA SUA CASA? Doce de leite escuro argentino, meu pecado gastronômico.

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