Por s.m.
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Música para ouvir enquanto você lê: <A class='"farejador"' href="http://app.radio.musica.uol.com.br/radiouol/player/frameset.php?opcao=umcd&nomeplaylist=008021-4North” target=_blank>You Left me in the dark com Elvis Costello
… Antes que finalmente me empurrasse para o colchão, onde despenquei sem leveza alguma. Seu coração batia forte. Sua pulsação indicava que ele iria explodir a qualquer momento. Suas mãos fortes se encaixaram em cada um de meus pulsos finos, alvos e delicados. Eram as algemas naturais do sexo!
“O que você vai fazer comigo?” murmurei excitada. Gustavo sabia que eu não tinha mais poder algum naquele jogo. Minhas carências e palavras haviam trazido à tona seus desejos mais furiosos e dominadores. Ele não era mais o rapaz ingênuo, submisso e temeroso que conheci: havia se transformado em meu homem, em meu amo.
Sequer se deu ao trabalho de pedir. Sequer me deu uma piscadela como o sinal que anteciparia o que veio em seguida. Poderia ter sido só bruto, intenso, quase violento. Mas não foi nada disso. Foi puro desejo. E eu sorri quando ele entrou em mim assim, salivando, pulsando, gemendo, arfando e me chamando de todos os nomes mais vulgares a que um homem pode chamar uma mulher
Beijou-me, então. Fios de saliva escorriam de sua boca para a minha. Seu suor criava estalactites de tesão, luxúria e sei lá mais o quê. Queria seus líquidos represados em meu corpo, quente e urgente. “Gustavo, chegou a sua vez…”, disse colada a seu ouvido, avermelhado das minhas mordidas. Ele acelerou e terminou. Minhas unhas fincadas em suas costas provaram que eu também havia chegado ao topo do céu.
Eu ainda recobrava a consciência quando o vi partir com uma garrafa meio vazia de champanhe embaixo do braço esquerdo e um sorriso satisfeito. Já havia voltado a ser o rapaz tímido de antes. Eu pisquei e dei adeus antes que fechasse a porta, o portal. Na noite seguinte, seria a vez de Flávio aprender algo comigo (continua no próximo capítulo)