No Top 10 GLMRM desta semana, destacamos que a importância dos paisagistas brasileiros reside na capacidade de transcender a mera estética, conectando-se profundamente com a natureza e promovendo bem-estar. Ao trabalhar em sintonia com a flora nativa, esses profissionais moldam jardins, parques e espaços públicos que não apenas destacam a beleza local, mas também os aspectos interessantes para a preservação da biodiversidade.
Um exemplo notável é Burle Marx, um dos mais renomados paisagistas brasileiros. Sua abordagem inovadora e seu compromisso com a preservação ambiental deixaram um legado duradouro.
Em resumo, os paisagistas brasileiros desempenham um papel fundamental na construção e preservação da identidade nacional, moldando espaços que refletem a diversidade cultural e ambiental do Brasil. Sua influência vai além do aspecto estético, atingindo áreas como a sustentabilidade, a qualidade de vida urbana e a preservação da natureza, contribuindo para um futuro mais verde e harmonioso.
Alex Hanazaki
Alex Hanazaki é considerado um dos maiores nomes da indústria paisagística contemporânea no Brasil e seu escritório é um dos poucos no país especializados na concepção de projetos arquitetônicos para áreas externas, em sintonia com o alto senso de perfeccionismo do profissional.
Em sua trajetória profissional, Hanazaki foi nomeado como um dos melhores idealizadores de jardins do mundo e, contabiliza em sua carreira, dois reconhecimentos no prêmio Professional Awards das ASLA – a American Society of Landscape Architects, um em 2014 e o outro em 2017.
Para Hanazaki, o paisagismo também é parte importante para uma melhor qualidade de vida. Porém, seu maior desafio até agora é projetar jardins como se fossem obras de arte. A infância e a juventude vividas na pequena cidade brasileira de Presidente Prudente deram-lhe a base necessária para criar projetos com os pés bem fincados na terra, impregnados de bagagem emocional, mas é o seu espírito cosmopolita que pode realmente transformar esses projetos em algo absolutamente deslumbrante.
Ambientes minimalistas, no conceito e na atenção às minúcias, compostos com detalhes que flertam com a estética purista e seus significados. Para Alex Hanazaki, dois grandes artistas plásticos foram e ainda são grandes referências profissionais. Os projetos autorais de Alex muito se devem às obras e contribuições para o paisagismo brasileiro de Roberto Burle Marx e os traços do artista Frans Krajcberg.
Benedito Abbud
Benedito é formado pela USP e atua na área desde 1970. Lecionou tanto na USP quanto na PUC e em 1981, abriu seu escritório Benedito Abbud Paisagismo, que tem como foco de seu trabalho, a criação de projetos e planos de arquitetura paisagística com identidade própria. Autor de mais de 5 mil cenários em todo Brasil e em países como Argentina, Uruguai e Angola, Benedito envolve diferentes produtos e escalas, que vão desde cidades, bairros, parques, praças, condomínios verticais e horizontais, residências unifamiliares até empreendimentos corporativos e comerciais, hotéis e flats (urbanos e resorts), loteamentos (residenciais e industriais), habitações compactas, shoppings centers e áreas especiais.
Mais do que beleza e bem-estar, cada um dos projetos desenvolvidos tem como qualidade a busca pela funcionalidade, área para práticas e atividades, convívio social e utilidade pública, traduzindo qualidade espacial.
Ao projetar um espaço, Abbud pensa em todos os sentidos que serão despertados: a visão, o olfato, o tato, o paladar e a audição. A textura das plantas escolhidas, assim como os aromas que elas produzem, o barulho da água nas fontes, os pássaros que serão atraídos. Tudo é levado em consideração para que o ambiente seja confortável, aconchegante e tranquilo.
Buscando sintonia entre a arquitetura e o paisagismo, Benedito acredita que, quando se melhora pontos de interesse em um espaço, essas melhorias entram em sintonia, se espalhando por todo o projeto. Isso é o que ele chama de “acupuntura paisagística”.
Eduardo Mera
Mera é reconhecido pelo potencial criativo na conceituação de projetos de arquitetura paisagística de diferentes perfis. Há mais de 15 anos a Mera Arquitetura Paisagística conceitua e desenvolve projetos de arquitetura paisagística, somando sustentabilidade à inovação, buscando proporcionar experiências marcantes.
Uma das características na concepção dos seus projetos, é utilizar obras de arte que dialogam com plantas regionais adaptadas ao clima, além de utilizar revestimentos nacionais e peças contemporâneas do décor brasileiro.
“A arquitetura paisagística pode ser a solução para as pessoas notarem as possibilidades de usos e humanização do espaço. Desta forma, elas irão desejar o local mais que os demais, pois irão perceber o potencial de lazer e momentos agradáveis que poderão ter com a família neste espaço”, finaliza Mera.
Gilberto Elkis
Há mais de trinta e cinco anos no mercado, Gilberto Elkis um dos nomes mais procurados do segmento e uma das principais características está em criar jardins elegantes, combinando conhecimentos técnicos, botânicos e inspirações das mais diversas expressões de arte, a fim de proporcionar beleza, inovação e qualidade de vida, seja qual for a dimensão ou o local da intervenção.
Nascido e criado no litoral paulista, Gilberto está à frente do escritório Gilberto Elkis Paisagismo. No início de sua carreira, o paisagista teve a oportunidade de estudar com grandes produtores de plantas e paisagistas californianos, como a Evergreen e a Springtime Growers.
Sua intimidade com a natureza começou muito cedo, na infância, quando acompanhava o pai pelo litoral paulista e ficava admirado pela Mata Atlântica. Deste primeiro contato surgiu uma observação que o levou a perceber as diferentes formas, texturas, cores e volumes daquela exuberante massa vegetal, voluptuosa, selvagem e que fez nascer o paisagista.
Isabel Duprat
Considerada uma das referências no paisagismo, Isabel Duprat coleciona projetos que se destacam no Brasil há mais de 40 anos. Formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie, estagiou com Roberto Burle Marx, experiência que lhe certificou conhecimentos diversos e vivências singulares.
Referência no setor, seu nome aparece na publicação de Kristina Taylor, “Woman Garden Designers – 1900 to the present” (Garden Art Press, 2015), livro que reúne 31 das mais influentes designers de jardins do mundo. Entre os projetos emblemáticos de sua carreira, podemos citar o Somosaguas Caledônios, um empreendimento nos arredores de Madri que se configura como o primeiro projeto habitacional do estúdio brasileiro MK27. Com o objetivo de criar uma nova tipologia de bairro com casas dispostas em torno de espaços públicos, como praças e parques, a ideia é que a área urbanizada seja vista com a mesma importância que as unidades residenciais. Neste projeto, pelo fato de o trânsito de carros ser totalmente subterrâneo, houve a oportunidade de tratar todas as áreas externas como um único jardim.
Leandro Reis
Leandro conta que guarda na memória, a primeira horta que fez quando tinha 10 anos. Já aos 14 anos, assinou e executou o primeiro jardim em uma reforma na casa de seus pais. “Pensei que fosse seguir a carreira de engenharia civil. Cheguei a trabalhar com reformas, o que me preparou para auxiliar os meus atuais clientes em soluções dessa ordem. Em outro momento achei que tinha me encontrado como empreendedor do design brasileiro. Senti que era apenas um caminho e não um destino. ”, conta o profissional.
Mas em 2017, o paisagista resolveu voltar para sua essência ao estudar e aprofundar-se tecnicamente em paisagismo. “Sou paisagista. Sempre fui. Nasci para esse ofício! ”, explica Reis
Nascido em Belo Horizonte, na capital de Minas Gerais, Luis Carlos Orsini formou-se em Paisagismo na Espanha na Escuela de Jardinería y Paisajismo “Castillo de Batres”. Atualmente, o paisagista comanda escritórios em sua cidade natal e na capital paulista, além de acumular uma vasta lista de projetos ao longo de sua carreia iniciada em 1979.
O profissional foi um dos principais responsáveis pela projeção paisagística do Instituto Inhotim, localizado em Brumadinho (maior museu a céu aberto da América Latina), realizando um projeto em uma área de 260 mil m².
Autor do livro “Luiz Carlos Orsini – 30 anos de Paisagismo”, é especialista em transplantes de plantas adultas, tendo plantado mais de 10 mil espécies em várias regiões do Brasil, usando mão de obra especializada e tecnologia de ponta. Já executou centenas de projetos entre MG, SP e Rio de Janeiro, além do Espírito Santo, Goiás, Distrito Federal e Bahia.
Dada sua relevância no cenário nacional, estão entre os seus clientes, estão personalidades como Salim Mattar, Marcelo Tostes e Lucília Diniz.
O paisagista Mauricio Prada, é um expoente da área no país, com senso estético apurado que utiliza em projetos que celebram a vida ao conectar o ser humano à natureza. O jovem profissional já planejou e executou projetos residenciais, corporativos e mostras diversas e teve oportunidade de desenvolver sua aptidão para transformar a natureza em arte.
Jardins espalhados pelo país, obras em Angra dos Reis e Trancoso, além de incontáveis projetos de paisagismo nos exclusivos condomínios Fazenda Boa Vista e Quinta da Baroneza, em São Paulo, marcam a trajetória do profissional.
Em seu portfólio clientes especiais, como Carol Bassi e sua loja homônima, no shopping Cidade Jardim, na capital paulista. Prada também é o queridinho entre os jogadores de futebol. Ele projetou o paisagismo das residências de Kaká e Ricardo Goulart, além do restaurante Sal Grosso, de Henrique Fogaça.
Roberto Riscala
Apaixonado por jardins clássicos, Roberto Riscala atua na área desde 1986 e soma mais de 1200 jardins executados em todo o Brasil, Uruguai e na Argentina. O profissional começou a trabalhar com paisagismo por volta de 1986, enquanto cursava arquitetura na Faculdade de Belas Artes, quando foi convidado para trabalhar no escritório de uma grande paisagista.
Em 1990, fundou a Jardinatto Planejamento e Execução de Exteriores, focando seu trabalho nas áreas externas: pisos, piscinas, acessos, pérgulas, churrasqueiras, fontes, treliças e luminotécnica, além dos famosos jardins.
Uma de suas experiências mais marcantes foi conhecer pessoalmente o artista, arquiteto e paisagista, Roberto Burle Marx, no sítio de Guaratiba no Rio de Janeiro, onde acompanhou seu trabalho de perto. Desde então, Riscala traz seu aprendizado sobre as noções de simetria, volumes e relevos, algumas de suas marcas registradas atualmente.
Riscala é o paisagista com maior número de participações na mostra Casa Cor São Paulo.
Rodrigo Oliveira formou-se engenheiro agrônomo, já com a certeza de que trabalharia como paisagista. Cursou especialização em Arborist, na Flórida, quando o mercado americano estava muito à nossa frente. Acumulou experiência com outros paisagistas até abrir seu escritório, há quase duas décadas. Traz consigo referências de diversas escolas, da assimetria japonesa aos clássicos italianos. Estudar norteia os seus dias de trabalho: seja o novo projeto, com a arquitetura e o design envolvidos, as novas experiências de cultivo, tecnologias e a alma de seus clientes. Ele põe a mão na terra, conta com o olhar experiente, a empatia e a sabedoria da intuição.
O paisagismo autoral de Rodrigo integra-se harmonicamente a importantes projetos residenciais e comerciais pelo país. Suas criações de texturas e volumes verdes ganham colorido ao seu tempo pelas floradas, se tornam cenários de uma vida.
Rodrigo tem em seu portfólio diversas assinaturas de projetos residenciais e comerciais para a incorporadora Idea!Zarvos, tais como: Oito, Ubá, Aruá, Nido, POP Grafite, Árbol, Autem, Onze22, Spot 393, Harmonia 1040, Ourânia 231, Lacerda, 555, entre outros. Ele também é a mente criativa e intuitiva por trás do empreendimento Floresta, que traz o paisagismo biofílico que o profissional exerce há mais de 27 anos.