A Seleção Brasileira Feminina e a Copa do Mundo Feminina de Futebol estão provando que têm o poder de conquistar audiências e silenciar os céticos. Um exemplo notável disso foi a audiência recorde alcançada na estreia da nossa seleção no mundial, realizada em plena segunda-feira, 8 da manhã.
A transmissão do jogo entre o Brasil e Panamá pela principal plataforma de streaming de esportes do Brasil, a CazéTV, quebrou o recorde mundial de audiência simultânea de uma partida de futebol feminino no YouTube. Mais de 1 milhão de aparelhos estavam conectados simultaneamente durante o primeiro tempo do jogo, superando significativamente o recorde anterior de 251 mil espectadores pela partida entre Estados Unidos e Vietnã, na Copa do Mundo Feminina de 2023. O canal comemorou nas redes.
A MAIOR AUDIÊNCIA DE UMA PARTIDA DE FUTEBOL FEMININO DA HISTÓRIA DO YOUTUBE É NOSSA! UMA MILHA! 🌽
E é só o primeiro jogo do Brasa, hein? VAMBORA POR MUITO MAIS E PELA #PRIMEIRAESTRELA! 🇧🇷 pic.twitter.com/fLVku8LXx9
— CazéTV (@CazeTVOficial) July 24, 2023
A crescente popularidade do mundial das garotas não se limita ao ambiente digital. A televisão também tem sido impactada positivamente com um aumento de 400% na audiência do canal Sportv durante o jogo entre Nigéria e Canadá, que levou o canal à liderança da TV paga na noite de quinta-feira (20). Mais de 930 mil pessoas sintonizaram para assistir à partida.
Esses números impressionantes refletem o crescimento notável da audiência da Copa do Mundo Feminina em relação às edições anteriores. De acordo com dados divulgados pela FIFA, o aumento foi de 560% na América do Sul em relação a 2015. Os quatro jogos da Seleção Brasileira fizeram parte dos oito jogos mais assistidos em todo o mundo, transmitidos em 205 territórios diferentes.
A pesquisadora Letícia de Castro destaca a construção do acontecimento jornalístico em torno da Copa Feminina e ressalta que esse torneio marcou o início de uma nova era para o futebol feminino, tanto no Brasil quanto no mundo.
Conquista Histórica
Outra questão relevante foi a decisão da seleção brasileira de jogar sem as estrelas na camisa. As atletas reivindicaram à CBF a retirada das estrelas que representavam os títulos do futebol masculino, argumentando que a equipe nunca havia conquistado uma Copa do Mundo e, portanto, não fazia sentido ostentá-las. A CBF atendeu ao pedido das jogadoras.
Além disso, avanços importantes também foram feitos em relação aos uniformes das jogadoras. A Nike lançou os seus projetados para proporcionar maior conforto e mobilidade, incluindo um short “menstrual” acoplado ao calção. A inovação do material e do corte das roupas é a única utilizada no escopo com as mulheres em mente.
A parceria entre a CBF e Animale também merece destaque, com o desenvolvimento da alfaiataria oficial para a chegada das jogadoras à Austrália para a Copa do Mundo. A individualidade de cada atleta foi respeitada e os lenços utilizados foram reaproveitados a partir de resíduos da marca, fortalecendo a ideia de empoderamento feminino.
Diante desses avanços e recordes de audiência, fica claro que o futebol feminino está ganhando cada vez mais destaque e reconhecimento, provando que é um esporte que merece atenção e apoio tanto dos meios de comunicação quanto do público. O Brasil está empenhado em fazer uma grande campanha e buscar seu primeiro título na Copa do Mundo Feminina.