Apesar de amar escrever sobre temas mais pessoais e profundos na minha coluna habitual, estava sentindo um pouco falta de escrever algo mais descontraído. Então, agora você vai ter a chance de ler alguns dos meus insights sobre o que está em alta, principalmente na minha geração. Para começar, inspirada na minha última viagem, quero falar sobre Copenhagen.
Se você costuma ficar atento às tendências e principalmente se você é da Gen Z, deve ter percebido que a capital da Dinamarca virou um super hot spot nos últimos tempos. A cidade tem sido uma referência no universo da moda, mas descobri na minha visita que de decoração e design também. A Copenhagen Fashion Week vem ganhando cada vez mais atenção e influenciadoras brasileiras como a Lívia Nunes e a Sofia Bresser já participaram. Diferentemente das tradicionais semanas de Paris e Milão, Copenhagen apresenta um olhar mais jovem e preocupado com o meio ambiente.
Mas, vamos às minhas dicas e impressões para você que também está planejando uma visita. Primeiro de tudo: me impressionou o quanto é uma cidade silenciosa. Mesmo os locais turísticos e mais movimentados, principalmente quando comparados a Paris, são extremamente calmos. Outro ponto importante para se preparar é que está longe de ser uma cidade barata. A moeda utilizada é a coroa dinamarquesa, e quando convertemos os valores para euro eles ficam muito mais caros do que aquilo que costumamos ver em Paris, que já é uma cidade cara. Então, dependendo de quanto for o seu orçamento, é bom se planejar com cuidado.
Eu adoro museus, e a amiga que estava comigo também, então quisemos fazer pelo menos dois diferentes. Optamos por museus não tão óbvios, que pudessemos ter vivências mais inovadoras em relação àqueles que já conhecemos. Escolhemos o Contemporary Copenhagen e o Louisiana Museum. No primeiro, conseguimos chegar facilmente de ônibus. No segundo, precisamos pegar um trem pois é afastado da cidade.
O Contemporary, como o nome já diz, é focado em arte contemporânea. A curadoria estava muito interessante e pelo o que vimos promete estar ainda melhor nos próximos meses. O museu estava super vazio, o que tornou nossa experiência ainda mais gostosa, ficando horas por lá. Aproveito para já engatar em outra dica: quase em frente ao museu, fica uma espécie de “food market” com várias opções do que comer, que se chama Reffen. Especialmente se estiver um dia de sol, imagino que deve ser uma delícia pegar uma bebida e relaxar.
Já o Louisiana, é um museu mais focado em arte moderna, mas ainda assim com artes contemporâneas. Tem um enorme espaço ao ar livre e uma vista extremamente especial para o mar. Demos a sorte de ir em um dia de sol, o que também fez toda a diferença.
Em relação a restaurantes, o grande forte da cidade são os cafés. Conhecemos dois dos mais indicados: Ø12 e Apotek 57. Ambos extremamente bons! No primeiro é possível fazer reserva, no segundo é preciso encarar uma fila. Na mesma rua do Apotek, tem também o Atelier September, igualmente recomendado. O único prato local que eu comi foi o “breakfast plate”, que eles costumam comer de café da manhã. Nada mais é do que pão, queijo, manteiga, geleia e ovos cozidos. Apesar de simples, uma delícia. Se está procurando bons restaurantes italianos, como sempre é o meu caso, testamos o Cantina e o Palazzo Diner e indicamos ambos. No Cantina o rigatoni alla vodka estava excepcional e no Palazzo o arancini de mac and cheese.
No quesito lojas realmente não falta opção. Um ícone da cidade é a Ganni Postmodern, onde você encontra peças da marca dinamarquesa com até 50% de desconto. Mas o grande acontecimento são as pequenas lojas locais.
Anota pra não esquecer:
- Moda: Stillmind, Norr, Boii, Collector’s Cage, Studio Stars, Naked e Lot #29.
- Decoração: HAY Design, Studio Arhoj e Miio.
- Lugares diversos que você pode visitar: Black Diamond Library, Kings Garden, Igreja de mármore, Nyhavn, Royal Library Garden, Kastellet e Cristiania.
Style tip: lenço no pescoço e samba no pé Como estou estudando moda em Paris, vou me dar a liberdade poética de falar um pouco sobre. Como eu comentei, a cidade tem se tornado cada vez mais uma referência no assunto. E eu, claro, fiquei de olho no street style. Minha conclusão é que elas gostam de um “basic with a twist”, ou seja, elas gostam de um básico com algum elemento mais cheio de personalidade. Elas gostam de um contraste entre o casual e o mais arrumado. O elemento mais casual geralmente consiste em usar tênis ou um cachecol mais despojado. De longe, o que mais vimos por lá foi a tendência de amarrar um lenço no pescoço. Sei que esse recurso de styling não é de agora, mas confesso que eu mesma sempre vi como algo de pessoas um pouco mais velhas. Vendo um público super jovem usar e abusar dele em Copenhagen, criei uma outra visão a respeito. Os looks eram quase sempre com cores mais neutras, tênis e o toque especial era o lenço. Fiz a brincadeira com o samba no pé porque o modelo samba, da Adidas, era um dos sneakers escolhidos pelas fashionistas da cidade.
Fato é que Copenhagen tem todos os motivos para estar na bucket list de tanta gente. Depois dessas dicas espero que esteja na sua também.