O divórcio de Angelina Jolie e Brad Pitt pode até ser um dos mais comentados entre os rompimentos recentes dos famosos, mas o da princesa Diana e do príncipe Charles, certamente, é o mais bombástico das últimas quase três décadas.
Oficializado há 26 anos, o fim do casamento real mais falado das décadas de 1980 e 1990 teve aspecto de thriller hollywoodiano em vários momentos, e serviu de “aquecimento” para a imagem de Lady Di, cuja morte completou 25 anos nessa quarta-feira (31), se transformar na maior ameaça que a monarquia do Reino Unido enfrentou na era moderna.
GLMRM pega carona na data de partida da eterna “Princesa do Povo” para relembrar alguns dos maiores bafões de bastidores do “royal breakup”; confira:
Diana solta o verbo na BBC
Os altos e baixos da união de Diana e Charles são bastante conhecidos, mas o que de fato marcou o final épico da vida a dois deles foi a entrevista do tipo nitroglicerina pura que ela concedeu ao programa “Panorama”, da BBC, na qual falou abertamente, sempre com um olhar cabisbaixo, sobre o caso do marido com Camilla Parker-Bowles e chegou a declarar que duvidava da capacidade dele de se tornar rei.
Ao saber disso, a rainha Elizabeth II pegou uma caneta, um papel e escreveu uma carta de próprio punho para a então nora lhe dando uma ordem: “Diana, querida, acho que chegou o momento de você sair da nossa família”. Ui!
Philip integrou o #TeamDiana
Apesar do posicionamento contrário da monarca, o marido dela ficou do lado de Lady Di durante o imbróglio conjugal, conforme evidenciado em cartas enviadas por ele para a mãe dos príncipes William e Harry.
Reveladas em 2017, as correspondências mostram que o falecido Philip, que tem fama de ser durão, chegou a escrever que não entendia como alguém em sã consciência poderia trocá-la por Parker-Bowles. Ah, ele sempre as assinava esses textos com um “Com amor, Pa”, que é o diminutivo de “Papa” (ou “Papai”), maneira como os Windsors se referem aos pais na intimidade.
Sem título real mas com pompa de sobra
Ao se divorciar de Charles, Diana perdeu o direito de ser chamada de Sua Alteza Real e, com isso, tecnicamente deixou de ser princesa, apesar de que é até hoje conhecida assim. Ela também precisou abrir mão de todo aparato real que tinha à sua disposição como membro da família real (segurança, assessores, etc.) e só conseguiu continuar vivendo no Palácio de Kensington, hoje a residência oficial dos filhos dela em Londres, por uma questão de generosidade do ex-marido. Mas junto ao público, claro, Diana nunca deixou de ser vista como a mais nobre das criaturas.
Toma aqui seus milhões
Pelo lado financeiro da coisa, o divórcio de Charles foi um excelente negócio para Diana. Como ele não curtia nem um pouco a ideia de ver a mãe de seus filhos, sendo um deles um futuro rei da Inglaterra, vivendo na pindaíba, sua ordem foi deixá-la o mais confortável possível nesse aspecto. As cifras variam, mas pelo que já foi publicado sobre o assunto dá pra dizer que a mulher mais fotografada de seu tempo recebeu pelo menos US$ 24 milhões (R$ 124,6 milhões) para encerrar a disputa conjugal. A fortuna foi herdada por William e Harry depois da morte dela, menos de um ano depois do acordo, em 31 de agosto 1997.
Pelo bem ou pelo mal, Diana foi a primeira “royal” britânica que priorizou um ótimo relacionamento com a imprensa, lembrando que tempos atrás os sangues-azuis do Reino Unido achavam que isso era coisa de gentinha. Muito antes do advento das redes sociais, ela descobriu que ser bem retratada nos jornais e revistas é um dos maiores “assets” que uma personalidade pode ter, e manteve uma linha direta com alguns jornalistas específicos durante todo o processo de divórcio. E, olha que nesse sentido ela fez escola, tanto que Charles hoje em dia não diz uma vírgula em público sem consultar seus assessores de imagem antes.