Mulheres afegãs usam as redes sociais para protestar contra o Talibã. Quem são elas?

Reprodução/Unsplash

As decisões do atual governo do Afeganistão em que mulheres não podem ocupar postos de destaque em instituições públicas, escolas 100% segregadas por gênero e outras medidas discriminatórias têm levado as mulheres do país a protestarem nas ruas – mais de 300 mil delas compareceram a uma passeata contra as decisões do Talibã – e nas redes sociais, principalmente o Twitter.

A pioneira do “movimento online” é a historiadora Bahar Jalali, que vive em Kabul que aparece em seus posts a bordo de vestidos coloridos e com maquiagem caprichada, usando apenas a legenda #DoNotTouchMyClothes (#NãoMexaNasMinhasRoupas).

Já Peymana Assad, a primeira mulher de origem afegã eleita para um cargo público no governo do Reino Unido (como membro do conselho de segurança do Parlamento britânico, pelo Labour Party), tem acompanhado Jalali com legendas como: “Essa é a cultura afegã, e essa é a minha roupa de usar todo dia”, a política disse ao “The Guardian”.

Frise-se que o Talibã, que controla o Afeganistão, já proibiu veementemente os protestos contrários às decisões consideradas machistas pelo mundo ocidental. Mas Jalali, Assad e companhia, seja pelas redes ou possivelmente em breve até mesmo de volta às ruas, não estão intimidadas com o grito dos ultraconservadores.

Sair da versão mobile