Gilberto Chateaubriand, o maior colecionador de arte brasileira, morreu nesta quinta-feira (14) em Porto Ferreira (SP), aos 97 anos. Chateaubriand estava na fazenda Rio Corrente, a 227 km da capital paulista, quando faleceu. Sua morte foi de causas naturais enquanto dormia.
A coleção de Gilberto contém cerca de 8 mil obras da arte brasileira. O diplomata e empresário começou a colecionar por acaso, em 1953, quando um amigo o levou ao ateliê do pintor José Pancetti, em Salvador, e este o presenteou com o óleo sobre tela “Paisagem de Itapuã” (1953).
Hoje, a maior parte da coleção de Chateaubriand foi cedida em comodato para o Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, que lamentou a morte do colecionador e lembrou que abriga parte da coleção, considerada uma das mais importantes do país de arte brasileira moderna.
Nascido em Paris, em 1925, Gilberto era filho do jornalista e empresário Assis Chateaubriand, magnata das comunicações no Brasil, dono dos Diários Associados (o maior conglomerado de mídia da América Latina) e fundador do Museu de Arte de São Paulo (MASP).
Gilberto foi membro do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), da Fundação Cartier para Arte Contemporânea (França), da comissão administrativa da Fundação Bienal de São Paulo, do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP), do conselho do Paço Imperial, do MAM-RJ e do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP).
Nos últimos anos, se dedicou à sua fazenda em Porto Ferreira, onde plantava laranja e cana-de-açúcar. No local, guardava pequena parte de seu acervo, que chamava de seus “filhos preferidos”.
O velório do corpo de Chateaubriand vai acontecer no próximo sábado (16), das 12h às 15h, no cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.