Entenda como Lionel Messi está transformando o mercado de imóveis de luxo em Miami

Foto: Reprodução/Instagram

A #Messimania que tomou conta de Miami desde a chegada de Lionel Messi, mais novo morador do pedaço por conta de sua contratação, em junho, para atuar como o capitão do time de futebol Inter Miami não é apenas um golpe de mestre para a Major League Soccer (ou MLS, a primeira divisão do esporte nos Estados Unidos). Muito além dos gramados, a chegada dele no hotspot americano também tem impulsionado o mercado local de imóveis de luxo. Proprietário de um apartamento de andar inteiro em um prédio residencial que fica em Fort Lauderdale, Messi comprou o imóvel de alto padrão em 2019, por estimados US$ 8 milhões (R$ 39,7 milhões), porém mais como um investimento. Para fixar residência no sul da Flórida, no entanto, o jogador de 36 anos desembolsou, igualmente em junho, perto de US$ 30 milhões (R$ 148,8 milhões) por um château de cerca de 1,7 mil metros quadrados na região de Palm Beach – e não parou por aí.

Pouco tempo depois, Messi fechou outro negócio, investindo mais US$ 5 milhões (R$ 24,8 milhões) por um apê de 408 metros quadrados no 47º andar da Porsche Design Tower, uma torre de 60 andares localizada em um dos melhores pontos da exclusiva Collins Avenue. Desenvolvido pelo investidor americano Gil Dezer, o condomínio residencial pra poucos é conhecido por seu inovador elevador robótico para carros, que leva o veículo do dono diretamente para a sua respectiva unidade sem sequer precisar desembarcar.

Nesses dois meses, o número 10 da seleção Albiceleste investiu US$ 1 milhão (R$ 5 milhões) por cada uma das três unidades nos andares 40, 41 e 43 do edifício Trump Royale, na mesma Collins Avenue, e US$ 7,3 milhões (R$ 36,2 milhões) por uma outra que ocupa todo o 9º andar do Regalia, um frente ao mar em Sunny Isles. Todas essas transações foram orquestradas por Gustavo Strallnikoff, um corretor de imóveis argentino e BFF de Messi, que graças a elas levou pra casa pelo menos US$ 2 milhões (R$ 10 milhões) em comissões.

O projeto de um palacete moderno foi encomendado a outro conterrâneo, o arquiteto argentino Jorge Luis Veliz Quintana. O que mais chama atenção nos esboços do complexo privée é sua visão aérea, que evidenciam sua forma em M (de Messi, claro), além de múltiplas piscinas e muito, muito futurismo. Não por acaso, Quintana como “o pai das ‘meta-mansões'”, dado que as casas que desenha são pensadas como se fossem mais do metaverso do que da vida real.

E, nesse sentido, o profissional parece ter se empolgado com a que projetou para seu cliente mais famoso, que inclui ainda cascata com luzes artificiais acionadas por Inteligência Artificial, bunker privativo, garagem para 20 carros e tem área privativa total de 4 mil metros quadrados. Para erguer o novo lar, Messi vai gastar no mínimo uns US$ 50 milhões (R$ 248 milhões). Mas é possível que antes mesmo da conclusão da obra – certamente não antes de 2026 – o valor de mercado da propriedade tenha superado essa saída de caixa de dezenas de milhões de dólares.

Isso porque o nicho específico que envolve a compra e venda de propriedades luxuosas em Miami Beach só perde para seu equivalente de Dubai, nos Emirados Árabes, entre os mais aquecidos do mundo. Por sinal, em um relatório enviado para clientes private, o banco americano Goldman Sachs apontou justamente a cidade como uma das pouquíssimas dos EUA cujos imovéis luxuosos deverão se valorizar bem acima da média nacional ao longo dos próximos dois anos.

Com aproximadamente US$ 120 milhões (R$ 595,2 milhões) alocados nesses ativos tangíveis nababescos por toda a Flórida, Messi eventualmente poderá multiplicar seus ganhos em razão de algo que acontece cada vez mais no estado americano. Consta que a ida do craque para a equipe do colega David Beckham não foi tão por acaso assim. Seu plano de longa data seria viver permanentemente lá assim que pendurar as chuteiras, estrategicamente em solo americano, e de quebra garantindo o direito de obter generosos descontos fiscais pela vida inteira em retribuição pelos anos que ficou pagando tributos ao estilo do IPVA brasileiro, mesmo apesar de nunca ter colocado os pés na maioria desses valiosos pieds-à-terre. É “gol de placa” que fala?

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