Maior banco de investimentos do mundo e, justamente por isso, um lançador de modas no segmento que lidera, o americano JPMorgan Chase se prepara para uma demissão em massa de centenas (e, possivelmente, milhares) de seus funcionários.
O motivo oficial do corte de pessoal sem precedentes na história do gigante financeiro resultante da fusão, em 2000, dos centenários J.P. Morgan & Co. e Chase Manhattan Corporation foi informado como “um ajuste cíclico diante das mudanças no mercado de hipotecas” dos Estados Unidos, que já passou por dias melhores.
Mas, extraoficialmente, a verdadeira causa por trás das demissões seria o fato de que a cúpula da instituição financeira comandada desde 2005 pelo todo-poderoso Jamie Dimon descobriu que esta poderia funcionar tão bem ou até melhor com uma folha de pagamentos reduzida, em razão da pandemia de Covid-19.
O novo coronavírus, claro, forçou muitos dos trabalhadores do JPMorgan Chase e de praticamente todas as grandes empresas a fazerem home office e, em alguns casos, a cumprirem férias coletivas em casa até que as coisas voltassem ao normal.
Daí a descoberta de que “menos é mais” feita pelo bancão, que atualmente emprega exatas 273.948 mil pessoas ao redor do mundo – um número que, ao que tudo indica, poderá ser bem menor em breve – e que mesmo apesar da crise causada pela doença viu seus faturamento, lucro e total de ativos sob gestão aumentarem consideravelmente.