Foi com total surpresa que Joice Toyota, diretora-executiva e cofundadora da premiada ONG Vetor Brasil recebeu, meses atrás, um e-mail que por fim acabou mudando para a melhor o destino da entidade filantrópica que ajudou a lançar em 2015 e cujo objetivo maior é aumentar a performance da gestão de pessoas no setor público nacional, um problema que afeta o Brasil de Norte a Sul.
A mensagem em questão tinha como remetente um executivo do Bridgespan Group, uma consultoria dos Estados Unidos que faz a ponte entre ONGs e seus potenciais doadores. Depois de algumas horas de conversa, Toyota ficou sabendo que seu trabalho chegou aos ouvidos de MacKenzie Scott, a ex-mulher de Jeff Bezos e hoje em dia uma das mais ricas do mundo, com uma fortuna de US$ 52,9 bilhões (R$ 286,2 bilhões). Scott estava disposta a ajudar financeiramente a Vetor, para a qual enviou US$ 750 mil (R$ 4,06 milhões).
A soma não é nada perto dos US$ 8,5 bilhões (R$ 46 bilhões) que ela já doou para outras ONGs, universidades e afins, mas chama atenção pelo fato de que, aparentemente, a “ex-senhora” Bezos realmente estuda a fundo para quem vai seu dinheiro. A propósito, o fato de ser uma das filantropas mais empenhadas em fazer a diferença no mundo foi um dos motivos que colocaram Scott no topo da lista das mulheres mais poderosas do mundo, divulgada em dezembro pela “Forbes” americana, e com a vice-presidente dos EUA Kamala Harris na segunda posição.