A advogada, professora de direito e diretora do Instituto Liberta Luciana Temer participou de uma live com Joyce Pascowitch nesta quinta-feira (18) e ressaltou o principal objetivo da instituição, que é o enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes em todo o Brasil.
No papo, Luciana, que é filha do ex-presidente Michel Temer, alertou sobre o grande número de casos e tipos de violência e abuso sexual em crianças e adolescentes no Brasil, reforçando a necessidade de se falar do assunto: “Quando a gente se cala, esse crime vai continuar, porque o abusador continua livre”, disse ela, que lembrou a violência sofrida aos 27 anos. Na época, a advogada não denunciou o estupro por medo de ser estigmatizada.
“Hoje tenho muita vergonha. Não do estupro que sofri, mas de me calar na época. Temos que romper com essa cultura e só vamos romper quando enfrentarmos o problema, e se enfrenta falando sobre isso”, disse.
No dia 31 de agosto, o Instituto Liberta terá uma passeata virtual para unir pessoas maiores de 18 anos que já passaram por esse tipo de violência para chamar a atenção da sociedade e pedir medidas que protejam a infância e adolescência.
“Esse é um problema tão gigante que só vai se resolver quando tiver politicas públicas para a prevenção. Temos que falar em escolas, públicas e privadas, sobre violência sexual e sexualidade saudável”, pontua.
A intenção, afirma, é mostrar o tamanho da violência no Brasil e romper um padrão de constrangimento que não é mais aceitável. “É sobre a força coletiva que vai por um basta nisso. Nosso lema é: Vamos ser a última geração que se calou sobre a violência sexual”.