Empresa vendeu 20 aeronaves nos últimos 12 meses e viu a demanda de fretamento voltar aos patamares pré-pandemia
O maior evento de aviação executiva da América Latina, a Labace, voltou a reunir as empresas do setor, de 9 a 11 deste mês, depois de uma pausa de dois anos devido à pandemia. O clima era de entusiasmo. Durante a Covid, enquanto a aviação comercial encolheu, esse nicho cresceu em operações e em frota. O fechamento deste primeiro semestre indica que o movimento de ascensão continua. Uma boa métrica é o resultado do balanço de uma das maiores empresas do setor, a Líder Aviação. De janeiro a junho deste ano, ela aumentou o faturamento em 37%, em relação ao mesmo período de 2021, e registrou a venda de 20 aeronaves nos últimos 12 meses.
No segmento de manutenção de aeronaves, a Líder tem expectativa de crescimento de 23% na demanda por manutenção programada e de 12% na de não programada. A Líder trabalha em todos os segmentos da aviação executiva, desde a venda de aeronaves, fretamento, manutenção e atendimento aeroportuário, até operações de helicópteros para a indústria de óleo e gás.
“A volta do evento presencial é muito importante, pois marca essa retomada pós-pandemia. Estamos todos celebrando”, diz Junia Hermont, COO da Líder Aviação.
“Estamos há 64 anos no mercado. A Líder foi fundada pelo meu avô, que começou esse negócio quando era piloto, operando como táxi-aéreo. Hoje a aviação é outra. Evoluímos muito em tecnologia – não só de aeronaves, mas em sistemas operacionais, segurança, desempenho e design”, diz Bruna Assumpção, superintendente das unidades de manutenção executiva, fretamento e gerenciamento de aeronaves.
“O espírito de inovação da Líder fez com que, em 2015, ela passasse a representar com exclusividade o HondaJet no país, a primeira aeronave desenvolvida pela Honda Aircraft”, explica Junia. O HondaJet foi a aeronave mais entregue no mundo por cinco anos consecutivos (de 2017 a 2021), na sua categoria, a Very Light Jet. No chalé da empresa, montado na Labace, havia uma delas, nas cores branca e vermelha, uma das diversas opções de customização oferecidas pela fábrica.
Só de olhar, dá para ver um dos diferenciais do HondaJet: as turbinas ficam acima das asas, longe da fuselagem da aeronave. “Além de dar mais elegância, esse posicionamento diminui o ruído e a vibração dentro do avião, além de aumentar o espaço interno”, explica Junia. Há outros destaques de desempenho: aeronave atinge altura de cruzeiro de 43 mil pés, a mais alta da categoria. . Em outras palavras: a aeronave tem mais estabilidade, voa mais longe, mais rápido e mais alto entre os jatos leves.