Empresa de capital aberto, com ações negociadas na Euronext Paris (a antiga Bourse de Paris), o LVMH está cada vez mais com cara de negócio familiar. Nessa quarta-feira (11), por exemplo, o maior conglomerado de marcas de luxo do mundo anunciou que Delphine Arnault – primogênita e única filha mulher de seu controlador, o centibilionário Bernard Arnault – assumirá a presidência da Dior, uma das principais subsidiárias do gigante sediado em Paris, capital da França.
Com receitas anuais declaradas de quase € 18,4 bilhões (R$ 102,3 bilhões) em seu último balanço, publicado em 2022, a maison fundada em 1946 por Christian Dior é a segunda mais relevante financeiramente dentre todas as que compõem o portfólio do LVMH, atrás apenas da Louis Vuitton. Tecnicamente, portanto, Delphine, de 47 anos, passar a ser uma das executivas mais poderosas da moda mundial.
O irmão dela e filho mais velho de Arnault, Antoine Arnault, de 45 anos, continuará na função de vice-presidente da Dior, cargo para o qual foi nomeado pelo pai em dezembro. Alexandre Arnault, de 30 anos, e Fréderic Arnault, de 28, também têm cargos no LVMH, mas não tão relevantes. Jean Arnault, de 25 anos e caçula de Arnault, já está sendo treinado para se juntar aos irmãos.
Aos 73 anos e dono do título de homem mais rico do mundo, com um patrimônio estimado em US$ 204 bilhões (R$ 1,05 trilhão), Arnault é dono de 48% do LVMH, e parece estar se preparando para a aposentadoria. Daí a escolha de seus herdeiros para comandar as áreas mais importantes da companhia, cujos papeis dispararam mais de 2,10% no pregão dessa quarta-feira na Euronext Paris, um sinal de que os investidores, ao menos por enquanto, estão aprovando essas decisões do bilionário.