Ester Carro: ‘Arquitetura ainda é uma profissão elitista, mas estou aqui para mostrar que não’

Divulgação

A arquiteta, pesquisadora e professora Ester Carro compartilhou um pouco da sua experiência à frente do movimento Fazendinhando, um projeto de urbanismo social de transformação territorial, cultural e social no Jardim Colombo, no complexo de Paraisópolis, em São Paulo.

Criado em 2017, o projeto vem garantindo avanços importantes no urbanismo e na favela. A ação piloto, que transformou o antigo lixão Fazedinhando em um parque que recebe eventos e cursos, levou a Vogue americana a fazer uma reportagem sobre o trabalho da jovem arquiteta

“Ainda não tínhamos tido um veículo transmitindo nossos projetos para fora do Brasil. Vieram pessoas via site e Instagram, como uma arquiteta iraniana que vive na Alemanha. Disse que quer voltar para o Irã para fazer um projeto semelhante”, contou ela na live com Joyce Pascowitch

“Há muitas mãos envolvidas em cada projeto, valorizo muito isso. Se a gente busca pelo avanço de nossas cidades, precisamos cada vez mais construir essas pontes. Arquitetura ainda é uma profissão elitista, mas estou aqui, ao lado de tantos projetos, para mostrar que não”, completou.

Cria do Jardim Colombo, Ester conta que sempre se incomodou, desde criança, com o constraste de viver em uma área com tantas vulnerabilidades ao lado de grandes condomínios, shoppings e mansões do vizinho bairro do Morumbi. Ao mesmo tempo, diz que aprendeu que é possível transformar a realidade com o que se têm à disposição, engajando a comunidade. 

“Não precisa esperar milhões em recursos para realizar um projeto. É um trabalho de formiguinha, estamos fazendo aquilo que está ao nosso alcance”, diz ela, que ganhou uma homenagem de Francis Kéré, arquiteto vencedor do Prêmio Pritzker, o maior da arquitetura, de quem é fã. 

Confira a íntegra do papo!

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