O cantor Aaron Carter foi encontrado morto na banheira de sua casa, na Califórnia, no último sábado (5) e menos de uma semana depois do ocorrido, que ainda está sendo investigado, uma biografia póstuma intitulada “Aaron Carter: Uma história incompleta de uma vida incompleta”, já tem dado o que falar.
Em um dos trechos, o rapper relembra de quando foi à casa de Michael Jackson e, após uma festa de aniversário, encontrou o rei do pop em frente à cama em que estava dormindo vestindo uma “roupa íntima apertada e branca”. O evento inusitado e um tanto perturbador teria acontecido no famoso rancho Neverland de Michael em agosto de 2003, quando o Aaron tinha 15 anos.
O livro narra ainda que Carter, Jackson e o ator Chris Tucker andavam de quadriciclos pelo rancho no final da festa e que, depois, ele e o cantor foram para a casa principal sozinhos, justamente para a área do quarto.
“Depois de um tempo, eu disse que queria dormir. Eu realmente não tinha pensado onde dormiria”, escreveu. “Obviamente, havia milhões de cômodos na casa. Mas ele puxou este leito ao lado de sua cama que já estava feita. Eu nunca pedi, mas lá estava. Eu não me importei, estava cansado. Ele apagou as luzes e se deitou na cama, e fomos dormir”.
Quando já estava dormindo, Aaron descreve que algo o acordou e ao se sentar na cama, encontrou Michael em frente a cama vestindo apenas uma cueca branca apertada.
“Não sei se ele estava sonâmbulo ou o que, mas parecia ainda estar dormindo. “Que porra é essa!?’, eu gritei e o balancei um pouco para acordá-lo. ‘Volte para sua cama!’ Ele apenas murmurou ‘Ok’. Depois voltou para a cama e nós dois voltamos a dormir. Eu nunca perguntei a ele sobre isso, e nós nunca mencionamos isso. Quando acordei de manhã, ele tinha ido embora do quarto”, diz o trecho.
Em outra passagem do livro, o rapper e irmão de Nick Carter, do Backstreet Boys, revelou que ele e Jackson fumaram maconha juntos durante a sua visita a Neverland. Aaron descreve que “Jackson fumava como um bandido” e menos de três meses depois, o rei do pop foi preso por acusações de abuso sexual infantil. Ao ser interrogado, Carter disse aos detetives que o cantor nunca havia lhe tocado de forma inadequada.
No trecho dedicado ao rei do pop, Aaron relembra ainda que o chamava de “cabeça de maçã” e que o presenteou com uma jaqueta branca militar cravejada de cristais Swarovski, que Jackson usou em um show em Nova York, em 2001.
Nesta quinta-feira (10), a equipe que gerenciava a carreira de Aaron criticou o lançamento do livro, que está previsto para a próxima terça-feira (15). “Este é um momento de luto e reflexão, não de dinheiro impiedoso e busca de atenção”, disse em nota.
Já a cantora Hillary Duff, que namorou o rapper durante a adolescência, considerou a obra como um “caça-níqueis que quer se aproveitar da comoção gerada pela morte do amigo”.