Responsáveis por orquestrar a fuga sem precedentes de Carlos Ghosn do Japão, em 2019, os americanos Michael e Pete Taylor agora estão atrás do executivo brasileiro que durante anos comandou a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. É que os dois – pai e filho – acreditam que acabaram se dando mal com a verdadeira operação à lá trama de cinema que devolveu a liberdade a Ghosn – que hoje vive tranquilamente no Líbano -, mas lhes custou as suas.
Michael e Pete foram detidos na época, ainda no Japão, e em seguida condenados a dois anos e a um ano e oito meses de prisão – não sem antes passarem por sessões de interrogatórios de até oito horas por dia e confinamentos sem motivos na solitária. E o pior é que o US$ 1,3 milhão (R$ 6,8 milhões) que receberam de Ghosn para ajudá-lo a fugir do país asiático já se foram, em resumo com advogados e outros custos legais.
Justamente por isso que a dupla quer falar com Ghosn, para cobrar dele a parte do serviço que garante ainda não ter recebido e mais uns US$ 3 milhões (R$ 15,7 milhões) extras, referentes a outros prejuízos que teria tido com toda a história. O problema agora é achar o ex-bambambã da indústria automobilística mundial, que está em solo libanês, mas ninguém sabe exatamente onde.