De Sabrina Sato a Magalu: como celebridades e empresas têm usado o metaverso a seu favor

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No fim de agosto, Lu, influenciadora virtual do Magalu, conversou com dois jornalistas no Horizon Workrooms, espaço imersivo da Meta, sobre os planos da companhia para explorar mais o metaverso. Com 31 milhões de seguidores (somando todas as redes em que está presente), ela já foi capa da Vogue Brasil, fez parcerias com companhias como Apple, Red Bull e McDonald’s e até marcou presença em clipes de artistas – casos de Anitta e Alok.

Uma projeção do site Onbuy.com estima que a Lu, que foi criada em 2003, gere em torno de US$ 17 milhões em ganhos anuais para o Magalu. E isso é só o começo no universo de oportunidades que o metaverso, tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade por meio de dispositivos digitais, pode gerar.

Não resta dúvida de que o metaverso está abrindo muitas oportunidades para as empresas. Segundo uma pesquisa conduzida pela consultoria americana Accenture, em breve novos espaços de consumo nesse ambiente transportarão as pessoas para qualquer tipo de mundo que puderem imaginar – seja para relaxar, se entreter, socializar ou comprar.

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Em 2021, a Gucci, por exemplo, criou a The Gucci Garden Experience para vender produtos virtuais e negociou o digital twin de uma bolsa disponível apenas no formato virtual por um preço mais alto do que no mundo real. Na visão de Werner Pöckel, diretor de criação da Accenture Song, trata-se de um novo pilar de influência. E já estamos vendo o mercado de influencers se agitar com a chegada dos amigos virtuais.

“A Lu, da Magalu, é o maior avatar de uma marca no mundo e já passou a Barbie em presença digital, acumulando milhões de seguidores”, conta Pöckel.

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Por outro lado, celebridades também estão encomendando seus avatares, caso da apresentadora Sabrina Sato. Outro exemplo? No último VMA, premiação musical da MTV, os rappers Snoop Dogg e Eminem apresentaram, ao vivo, um clipe no metaverso. “E isso é genial, pois o famoso pode estar em dois ou mais lugares ao mesmo tempo, falando com públicos diferentes em plataformas que antes eram impossíveis, como os games”, comenta Pöckel.

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Além de permitir novos tipos de interação e experiência com os seguidores, Satiko, a influenciadora virtual de Sabrina, tem finalidades comerciais. Entre as parcerias fechadas até agora estão trabalhos com Coca-Cola, Eudora, Greenpeace e Renner. “A Satiko é capaz de fazer o que não consigo, já que tenho família, uma filha pequena e muito trabalho. Ela nasceu para atender infinitas possibilidades, em uma mistura maravilhosa entre o real e o virtual em um nível imersivo e criativo”, disse Sabrina.

Texto por Caroline Marino

*A reportagem completa está na edição de setembro da revista PODER, em breve nas bancas.

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