Um dos eventos editoriais mais aguardados da atualidade, o lançamento do livro de memórias que o príncipe Harry escreveu sob encomenda da americana Random House, uma das maiores editoras de livros do mundo, subiu no telhado. E tudo por causa de seu conteúdo, considerado “nitroglicerina pura” demais pelos advogados da gigante literária, que aconselhou o ex-royal a revisar mais uma vez e com toda a atenção possível seus escritos.
Quem leu a obra que, inicialmente, chegaria às prateleiras das livrarias em novembro – o que a partir de agora acontecerá somente no segundo semestre de 2023 -, afirma que o neto de Elizabeth II colocou no papel “verdades bombásticas” sobre a realeza da qual fez parte. E, como sabe que certas brigas não se compram, a Random House, temendo se tornar alvo de um processo aberto pela monarquia mais famosa do mundo, achou por bem pisar no freio.
A autobiografia assinada por Harry, que contou com a ajuda de um ghost-writer para escrevê-la, é parte do contrato de estimados US$ 20 milhões (R$ 102,4 milhões) que ele e sua mulher, Meghan Markle, assinaram com a Random House em meados do ano passado. O acordo é de longa data, e inclui a produção de outros títulos. Aliás, mesmo no caso de ter seus relatos palacianos permanentemente engavetados, o casal não deixaria de embolsar a bolada.