Clonagem de pets: ter um clone do seu bichinho pode custar até R$ 200 mil

Reprodução/Pixabay

Em 2018, a cantora Barbra Streisand contou à revista americana “Variety” que suas duas cachorrinhas, Miss Violet e Miss Scarlett, eram clones de Samantha, sua coton de tulear que morreu em 2017, com 14 anos. As duas fazem companhia à Fanny, prima canina distante de Samantha.

Na entrevista, ela contou que foram retiradas células da boca e do estômago da cachorrinha morta. “Elas têm personalidades diferentes de Samantha”, disse a artista na época. “Estou esperando elas ficarem mais velhas e então vou poder ver se ficam com os olhos castanhos e sua seriedade.”

Mas Barbra não é a única. Cada vez mais pessoas estão em busca de clonar seus animais de estimação. É o que declarou Melania Rodriguez, gerente de atendimento ao cliente da ViaGen Pets and Equine, empresa norte-americana aberta desde 2015 especializada em clonagem de cachorros, gatos, cavalos e até furões.

Em entrevista à BBC, em março, ela contou que a empresa já teria clonado algumas centenas de pets. “Tem filhotes nascendo toda semana. Não fazemos muita propaganda, muito vem do ‘boca a boca'”, disse.

Apesar da popularização do assunto, o custo é ainda alto. Segundo a BBC, a empresa cobra US$ 50 mil (cerca de R$ 233 mil) para clonar um cachorro, US$ 30 mil (R$ 140 mil) para clonar um gato e US$ 85 mil (R$ 397 mil) para um cavalo.

A clonagem

Existe uma série de técnicas de clonagem, mas, normalmente, o núcleo da célula do animal a ser clonado é retirado e injetado em um óvulo doado, que teve seu material genético retirado anteriormente. Esse óvulo é então estimulado a crescer até se desenvolver em um embrião. Em seguida, é implantado em uma espécie de barriga de aluguel canina, ou felina, de acordo com o animal a ser clonado. Esta “mãe” dará à luz os filhotes.

Caso o cliente não deseje fazer a clonagem imediatamente é possível conservar o material genético do bichinho quase indefinidamente, com o uso da criopreservação, técnica de congelamento em temperaturas que chegam a -196°C.

De acordo com Blake Russell, presidente da ViaGen, um pet clonado é como um irmão gêmeo do animal de estimação, separado por anos ou décadas. A empresa declara que atende a todas as regulamentações dos Estados Unidos e “está comprometida com a saúde e o bem-estar de todos os gatos com quem trabalhamos”, disse o presidente à BBC.

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