A Covid-19, que forçou muita gente a se trancar em casa cumprindo quarentena, balançou o mundo corporativo de várias formas – e uma delas foi a popularização quase em massa do trabalho remoto. Grandes nomes e marcas do Vale do Silício aderiram à tendência, mais notadamente o Airbnb, cujo cofundador e CEO, Brian Chesky, até adotou o modelo home office como o padrão para os funcionários do serviço comunitário de hospedagem.
Mas alguns bambambãs do mundo corporativo dos Estados Unidos não aderiram ao “escritório em casa” que tem em Chesky um de seus maiores entusiastas. Em Wall Street, por exemplo, funcionários do JPMorgan Chase, o maior banco de investimentos do mundo, que estavam trabalhando remotamente desde quando o novo coronavírus foi decretado como uma pandemia, receberam ao longo dessa semana cartinhas do CEO Jamie Dimon com o aviso de que, caso não voltem ao batente como nos velhos tempos na segunda-feira, poderão se dirigir ao departamento de recursos humanos para acertarem as contas.
Dimon já tinha causado no começo do ano, quando soltou uma nota para seus subordinados que, caso voltasse ao batente sem provar que estavam devidamente vacinados contra a Covid, seriam barrados e provavelmente demitidos. Mas muitos outros dos 255 mil funcionários do bancão americano continuaram cumprindo suas funções em seus lares, o que chegou a ser visto como uma forma de “corrigir” aquele que é um dos maiores males na meca do dinheiro: forçar os novatos contatados pelo gigante financeiro a cumprirem expedientes que podem chegar a 100 horas semanais. Mas parece que não foi dessa vez…