Um dos maiores bffs de Vladimir Putin entre os bilionários russos e um dos membros do clube dos dez dígitos da Rússia que mais sofreram retaliações internacionais desde que o presidente do país resolveu invadir a Ucrânia, o megainvestidor Roman Abramovich corre o risco de perder dois de seus brinquedinhos de luxo favoritos (além de seus mega-iates “Eclipse” e “Solaris”) por conta de sua ligação com o político.
É que autoridades dos Estados Unidos estão olhando a fundo a retirada repentina de dois aviões de Abramovich, que se divide entre a Rússia e o Reino Unido e também possui cidadania israelense, e que estavam em terras americanas pouco antes do começo da guerra, em fevereiro. As duas aeronaves foram retiradas de lá às pressas assim que o conflito começou, possivelmente infringindo algumas regras de aviação locais.
Os aviões em questão são um Boeing 787 Dreamliner e um jatinho da Gulfstream, que juntas valem US$ 400 milhões (R$ 2 bilhões), e são mantidas em nome de Abramovich por meio de uma estrutura de empresas de fachada internacionais que o têm como controlador final. Segundo o “The New York Times”, o FBI cogita pedir o confisco de ambas em breve, apesar de que seus paradeiros atuais sejam desconhecidos.
Abramovich, que em março vendeu o time de futebol inglês Chelsea, outra de suas posses mais prezadas, com a promessa de doar os recursos do negócio para as vítimas ucranianas do conflito – puro golpe publicitário, segundo disseram alguns – teria uma última carta na manga pro caso de sua situação continuar se apertando: se mudar para Portugal, país do qual se tornou cidadão em 2021 sem explicar muito bem o motivo, mas o que agora faz certo sentido.