Atenas, que sofre com o calor extremo, agora tem chefe de temperatura oficial

Reprodução/Pexels

Cidade mais quente da Europa continental, que sofre com as consequências da modernização e do aquecimento global ainda mais do que outras, Atenas se viu obrigada a criar um cargo oficial que provavelmente é único no mundo, e que caiu nas mãos da especialista em sustentabilidade Eleni Myrivili: o de chefe de temperatura de lá.

Na função, Myrivili, que já foi foi conselheira e membro do comitê de assuntos climáticos da fundação americana Adrienne Arsht-Rockefeller Resilience Center, precisa não apenas monitorar os altos e baixos dos termômetros como também pensar em formas de combinar a convivência daqueles que vivem ou visitam a cidade grega com o calor por vezes extremo, que causa problemas de saúde tanto quanto o frio abaixo de zero.

Reprodução/Pexels

Além disso, o aumento da frequência de queimadas também é um problema quando os 40 graus ou mais aquecem Atenas – o que não é raro durante o verão europeu – e o que também causa o fechamento de certas indústrias, afetando a produtividade delas.

Myrivili terá que propor soluções para tudo isso e mais um pouco, e já tem algumas em mente, como resgatar alguns dos vários rios e galerias de águas pluviais “enterradas” no subsolo da capital da Grécia há séculos, e a construção de “corredores verdes” entre seus bairros que permitiriam a circulação de pessoas por locais menos ensolarados e mais ventilados.

“A batalha contra o calor [em Atenas] é, na verdade, uma batalha para reclamar o espaço público, principalmente dos carros”, Myrivili resumiu sobre seu novo “job” em uma entrevista recente.

Sair da versão mobile